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Como há tempos não se via no Brasil, a fome assume novamente um protagonismo latente não só nas pesquisas realizadas por institutos como o Datafolha ou em relatórios publicados pela ONU (Organização das Nações Unidas) — na mesa dos brasileiros, ela é quem tem tido a vez.
Dos mais vulneráveis se ouve um grito que vem sendo ignorado pelos políticos das menores Câmaras nos municípios mais longevos até o Palácio do Planalto, sede executiva do Presidente da República, em Brasília.
Política também deveria ser feita com ouvidos num Brasil de poucos aficionados pela arte da sensibilidade auditiva. No entanto, parlamentares têm buscado mesmo é gastar energias em gabinetes paralelos montados às pressas no Congresso Nacional. O motivo: serem atendidos pelo Presidente da Câmara dos Deputados para obterem verbas do Orçamento Secreto – que se popularizou nos últimos anos não só nas mesas de reunião, como também nas carteiras dos engravatados de Brasília.
Dura coisa é ser pobre num País que não chora com os que choram, para usar um chavão bíblico que mais do que chavão deveria ser regra número 1 para quem de fato tem apetite de poder e “políticas públicas e de desenvolvimento”.
É tolerável permanecer assim, comendo vento enquanto o Legislativo come cada fatia do enorme bolo chamado de emendas da União? Mas hoje é possível ver claramente que a fome é perfeitamente conjugada com a pobreza. Do País e da carteira.
[…] desafio impacta, principalmente, as áreas rurais e a região norte e nordeste. Dessa forma, a fome é o estágio mais grave da insegurança alimentar, esta que também é dividida, segundo a ONU, […]