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Entre surgimento de vírus e novas doenças, uma epidemia segue em segundo plano no debate político nacional: a saúde mental. Muito abordada no setembro amarelo, a pauta muitas vezes é esquecida e até mesmo ignorada pelos governantes. Entre as quase 60 promessas de campanha do presidente Jair Bolsonaro (PP), por exemplo, assuntos ligados à psicologia ou acompanhamento terapêutico sequer foram mencionados, nem mesmo no plano de governo ou em postagens no Twitter.
Em contramão a essa realidade limitada, a sociedade brasileira enfrenta um momento delicado em comparação ao resto do mundo. Nos últimos 20 anos, por exemplo, o número de tentativas de suicídio mais que dobrou no país, de acordo com dados do Ministério da Saúde. Além disso, o Brasil se destaca quando comparado com os vizinhos sul-americanos, pois os brasileiros sofrem mais de ansiedade e depressão.
Política zero
Além da inexistente importância com a saúde mental da população, mesmo durante a pandemia de Covid-19, o Governo Federal aproveita da situação para “passar a boiada”. Um dos alvos favoritos, assim como a Educação e Cultura, é a Saúde, também chamada de calcanhar de Aquiles do presidente, visto que os comentários infundados sobre o coronavírus o ajudaram a correr riscos eleitorais.
SUS abandonado
Presidente da Associação Paulista de Saúde Pública, José Alexandre Buso Weiller afirma que o desmonte do Sistema Único de Saúde (SUS) é acima de tudo um projeto a longo prazo. Segundo ele, o Governo Bolsonaro apenas adiantou isso de forma impressionante.
Realidade goiana
Promessa de campanha nas eleições de 2018, o governador Ronaldo Caiado (União Brasil) incluiu psicólogos no Programa de Saúde da Família.
Outra promessa que consta no plano de governo, no entanto, não foi cumprida totalmente. Trata-se da Instalação de Centros da Juventude que visam disponibilizar serviços de psicologia, psicopedagogia e assistência social.
Apenas uma unidade foi inaugurada até então, no Jardim Novo Mundo, em Goiânia. A Administração Estadual não afirmou quando deve entregar o próximo Centro da Juventude.
Psicólogos desvalorizados
Também em Goiás, profissionais reclamam dos baixos salários oferecidos para a classe em concursos públicos de prefeituras goianas. A bola da vez é a cidade de Goianésia, com salários na faixa de R$ 2.295,76.