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Chegou ao fim neste domingo (7), a 17ª edição do Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo, idealizado pela Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) e pela Fundação Armando Alvares Penteado (FAAP), em São Paulo.
Depois de dois anos sendo realizado de forma exclusivamente online devido à pandemia de Covid-19, o evento, que está entre os mais importantes da área na América Latina, aconteceu entre 3 e 7 de agosto e foi elaborado em uma configuração híbrida pela primeira vez desde a primeira edição.
Com participações em formato virtual e gratuitas nos primeiros dois dias, também foram realizados encontros presenciais e pagos – com valores que variaram de R$ 40,00 a R$ 240,00 – que contaram com a presença de diversos convidados renomados no Brasil e no mundo para discutir a prática da técnica investigativa, Jornalismo de dados, a apuração, profissionalismo e transparência, tecnologia, entre diversos outros assuntos pertinentes.
Este ano, o evento contou com cerca de 100 atividades e com a participação de mais de 200 palestrantes, divididos em 16 grandes temas que foram desdobrados em subtemas, com o objetivo de discutir pautas quentes que repercutiram no Brasil e em outros países. Entre eles, estão assuntos emergentes como a Guerra na Ucrânia, e comemorativos, como o aniversário de 20 anos da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo, que terão destaque nas coberturas.
Katia Brembatti, vice-presidente da Abraji, reconheceu a importância da ocorrência virtual do congresso para o alcance e a participação de pessoas de todo o Brasil e explicou, ainda, o fato do evento ser realizado nas duas modalidades este ano.
“A gente teve versão online, durante a pandemia, do congresso com 10 mil inscritos, quando normalmente o congresso tem mil ou 1.200 pessoas no presencial. Então a gente falou com os patrocinadores e decidiu manter a versão online para que a gente pudesse oferecer esse conhecimento para pessoas que não conseguem vir para São Paulo.”, disse.
Ademais, Katia destacou a satisfação de poder voltar às reuniões presenciais depois da pausa forçada pelo coronavírus. ”A gente precisa muito desse contato presencial e muito do que se aprende, se aprende no cafezinho, no corredor, no network, no intervalo das mesas e você poder chegar para o palestrante e se apresentar, esclarecer uma dúvida, contar uma dificuldade que você teve ao fazer alguma história semelhante, não é a mesma experiência do on-line. Então o on-line tem pontos positivos que a gente pretende continuar aproveitando mas o presencial tem sempre um calor humano, tem sempre uma troca, tem sempre uma sensação de preenchimento que é própria desses eventos presenciais”, acrescentou.
Feito por jornalistas para jornalistas, o evento contou também com a presença de muitos acadêmicos do curso que buscam aprimorar sua formação e aprender cada vez mais, investindo nos estudos. Sara Dutra, estudante de Jornalismo pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb), conta que pensa no ramo investigativo para uma futura carreira depois da faculdade e relata como foi sua experiência em estar presente no congresso.
“Minha área de interesse para me especializar futuramente, é o Jornalismo Investigativo, por isso quis ir ao evento, para ter contato com profissionais da área e suas experiências. Minhas expectativas foram enormes, porque penso que isso irá ampliar bastante o meu conhecimento dentro da área. E o que pesou minha decisão de vir da Bahia até aqui, foi a entrevista de Caco Barcellos com o Padre Júlio Lancellotti. Caco Barcellos é minha inspiração dentro do Jornalismo, sobretudo o Investigativo”, compartilhou a estudante.
O coordenador do curso de Jornalismo da Faculdade de Informação e Comunicação da UFG, Alfredo Costa, reforçou a importância da participação dos futuros jornalistas no local. “Todos os congressos constituem oportunidades para a formação de estudantes de Jornalismo, pois esses eventos científicos contam com a participação de grande número de professores, pesquisadores e profissionais do mercado. É o momento em que os acadêmicos podem se atualizar sobre as novidades na pesquisa e interagir com os jornalistas que estão na linha de frente”.
O docente comentou, ainda, os objetivos da Abraji ao realizar um congresso dessa dimensão, que vai além das barreiras de localidade. “Em tempos de fake news, a cada dia que passa o Jornalismo Investigativo tem se mostrado como a principal fonte de informação de confiança dos brasileiros, pois esse gênero busca justamente desvendar o mal feito, divulgar informações que governos e empresas públicas e privadas pretendem esconder, mostrar como funcionam essas organizações e relatar à sociedade sobre o desempenho dos políticos e gestores. Por isso, é necessário discutir e alertar sobre práticas – como o uso de algoritmos e de robôs da internet – que colocam em risco a democracia, não só no país, como no mundo, proporcionando ao congresso uma grandeza que ultrapasse barreiras territoriais e linguísticas. Creio que esse deve ser o escopo do 17º Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo.”, conclui.
Ótima notícia Julia, meus parabéns 👏🏽👏🏽
Jornalismo investigativo é uma área fascinante do jornalismo, um dia espero poder fazer parte desse congresso.