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Há um tempo atrás eu estava passando de carro por uma rua no centro de Goiânia e, sem perceber, passei em um buraco que tinha o tamanho de um pneu de trator. Gastei uma fortuna para consertar a roda do meu carro, que ficou amassada.
Você já parou pra reparar que quando entramos em época de política os problemas da sociedade começam a diminuir? Passei novamente na mesma rua em que amassei a roda. O asfalto estava parecendo um tapete.
Em época de candidatura, as obras que estavam paradas há tempos ganham continuidade, os impostos vão lá pra baixo e sem falar que os buracos das ruas desaparecem. Na verdade, surgem verbas (do nada) para investir em piche.
Faltando em torno de um mês para as eleições, o atual presidente, Jair Bolsonaro anunciou que haverá nova redução de preços da gasolina. Até me esqueci que paguei quase 5 reais no litro de etanol há alguns meses atrás.
A famosa frase “todo político é corrupto” se encaixa perfeitamente aqui. Enganar a população para receber voto é uma forma de corrupção. O eleitor tem a memória curta, fica alegre com pouca coisa mas esquece que os outros anos em que o político ficou no poder, deixou bastante a desejar.
E ainda tem os idólatras, que simplesmente não são racionais e defendem o indivíduo ao invés de cobrar que desempenhe a função para a qual foi eleito. Não sejamos bobos que gostam de ser enganados. Ao invés de vestir a camisa de um político, vista a camisa do seu país.
É claro que fico extremamente grata pelo buraco ter desaparecido da rua, que é caminho do meu trabalho. Mas justamente próximo à eleição fica um pouco suspeito, não acha? Votar em um indivíduo que só trabalha nos seus últimos dias de governo para ser reeleito, seria como a minha roda amassada: o preço quem paga é o dono do carro.