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O Lar dos Animais de Goiânia organizou neste sábado (3) a primeira feira de adoção de cães e gatos em conjunto com o PetLord, no Setor Bueno, bairro nobre da capital. Ao todo, 12 animais – sendo 8 cães e 5 gatos – foram colocados à disposição de um novo dono pela organização, dos quais 7 receberam um lar para chamar de seu.
A parceria surgiu pela necessidade de conscientizar a população sobre a importância da adoção de animais desabrigados, em situação de rua ou de maus tratos. Além disso, a união também teve o objetivo de ajudar a promover a ação social do Lar dos Animais para a arrecadação de fundos para o abrigo, que atualmente cuida de cerca de 570 cães e gatos sem nenhum recurso governamental e sem fins lucrativos.
Mônica Aquino, fundadora do Lar dos Animais, destaca o papel importante dos trabalhos prestados pelo abrigo e o impacto que isso gera tanto nos animais quanto em quem se envolve com o projeto. “É uma missão, não dá para desistir deles. É muito bom receber a gratidão e o carinho dos animais, não dá para explicar”, relata Mônica.
Antes de serem disponibilizados para a adoção na feira, os animais passaram por uma etapa de atenção especial com banho e castração para chegarem limpos e seguros em sua nova casa. Júlia Mendes, funcionária do pet shop responsável por alguns desses cuidados, conta como funciona esse processo. “Todos os animais são tratados antes de irem porque muitos animais chegam na ONG em estados terminais, quase mortos mesmo. Praticamente eles são meio que ressuscitados. E nesse momento sim, eles são oferecidos para doação já saudáveis”.
ONGs e qualidade de vida dos animais
É inquestionável o papel fundamental dos abrigos como ponte entre os animais e os novos donos. Ingrid Atayde, vice-presidente do Conselho Regional de Medicina Veterinária, comenta a importância dessas organizações realizarem esse tipo de trabalho. “Eles ajudam bastante, pelo menos encontram um lar temporário porque infelizmente não existe um abrigo que seja suficiente para a quantidade de animais que a gente tem nas ruas, qualquer abrigo que a gente tente montar fica super lotado rapidamente. Essas ONGs acabam divulgando, conseguindo colocação para esses animais”.
Ingrid também destaca a responsabilidade de quem escolhe a adoção como meio para ter um novo amigo de quatro patas. “É incontestável [a importância de adotar animais abandonados]. É uma maneira de tirar das ruas, dar um lar, dignidade, amor, carinho. Quem é capaz de um ato desses realmente está contribuindo muito. É um ato nobre de amor.”, conta.
O papel de apoio da sociedade e a adoção responsável
É fato que, enquanto muitos animais são resgatados de sua situação vulnerável, muitos também são abandonados por famílias ou devolvidos às ruas pela não adaptação de seus novos donos.
Ingrid também reforça qual deve ser a atitude da população a fim de evitar estes tristes casos. “O papel da sociedade aí é o mais importante, é a guarda responsável. Se você quer ter um animal, primeiro converse com um médico veterinário, veja seu estilo de vida para a gente ver qual animal se adapta melhor, se é um gato ou se é um cão. Depois, qual raça se adapta melhor, ou se vai ser um animal adotado sem raça definida, que tipo de temperamento de animal você deve buscar”.
Ela destaca também que todos da família devem estar de acordo com a decisão e ressalta a responsabilidade financeira que os novos moradores podem gerar. “[…] Se a família inteira está disponível para receber esse novo habitante porque todos vão ter que se comprometer, todos vão ter que cuidar. Se você está pensando nos custos que você vai ter com alimentação, com saúde, visitas regulares ao médico veterinário, no bem estar dele geral. É muito importante pensar em tudo isso antes de ter um animal e se realmente é o que você quer, é maravilhoso dividir nossa vida com um animal. Os benefícios são muitos grandes. Cuidar é responsabilidade.”, reforça.
que amooor! que a adoção responsavel vire um hábito na nossa população!