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A artista Lara Evelin, de 20 anos, participa de batalhas de rima desde sua adolescência e agora está no processo de produção de seu primeiro disco de estúdio. Dentre suas temáticas, a mais recorrente é a representatividade de mulheres pretas e a luta racial.

Lab Notícias: Fale um pouco sobre a sua história com a música. Como começou o seu interesse por isso? 

Lara Evelin: Sempre fez parte de mim. Minha mãe me levava na igreja, aí eu participei da banda da igreja. Daí eu comecei a aprender instrumentos, depois eu conheci o rap, que era algo que meu irmão escutava bastante. É com isso que eu me identifico, eu posso fazer isso também, eu posso falar das minhas vivências. E a música hoje é o que eu sou, né? 

Vi no seu instagram que você já tem alguns lançamentos planejados para o futuro próximo. Pode me falar um pouco mais sobre eles? Qual a inspiração, quando estarão disponíveis… 

Eu me baseei nas minhas vivências, são coisas reais, sabe? Sempre falo muito de situações, e essas músicas são um processo pra sair. Quando a gente quer entregar coisa boa demora bastante, mas pretendo entregar todas as prévias ano que vem.

Então, eu sempre ouço falar que o rap anda crescendo muito aqui em Goiânia, mas a gente que vê como alguém de fora as vezes não tem tanta noção de como é de fato para quem está imerso nisso. Queria saber, de dentro da sua perspectiva: como você descreve a sua experiência na cena do rap daqui?

Minha experiência no rap goiano foi linda, tive muitas pessoas que me abraçaram, que me ensinaram coisa pra caramba, e tô aprendendo ainda, quero continuar aprendendo. E Goiânia tem muita gente boa, muitos artistas bons, que merecem muito mais visibilidade, sabe? Quando eu saí de Goiânia foi justamente isso, pra procurar visibilidade pra nossa galera, porque tem muita gente boa.

Com a sua mudança pro Rio de Janeiro, quais diferenças você sente que são mais notáveis no cenário musical daqui e de lá? É muito diferente? 

Eu estou no Rio há pouco tempo, então não tenho muitos contatos na música. Mas a diferença já é notável no cenário: aqui predominam pessoas pretas, então você se sente muito mais acolhido. É uma outra realidade, sair da zona de conforto pra um lugar totalmente novo. Está sendo ótimo.

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