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Leonardo Vieira, de 26 anos, era sócio do bar e restaurante Sol Nascente. Na semana passada Leonardo sofreu um infarto e acabou perdendo a vida. Esse caso ressalta alerta para o crescimento no número de infartos em jovens, durante a pandemia de Covid-19 que aumentou cerca de 2% ao ano.
Uma pesquisa da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), com base nos dados do Portal da Transparência da Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais, revela que 161 pessoas entre 20 a 29 anos morreram de infarto em 2021, sendo que em 2020 foram 132 e, em 2019, um caso a menos do que no ano anterior (131). Um crescimento equivalente ao aumento de 22% nos casos.
Segundo informações do Ministério da Saúde, no intermédio dos anos de 2010 e 2019 houve um aumento de cerca de 59% nas internações de jovens com idade de até 39 anos por infarto e de 9% de falecimentos.
No Brasil, a taxa de infarto entre os mais velhos se estabilizou, porém deve haver uma crescente entre os adultos e jovens que vem aumentando 2% por ano. Devido à pandemia de Covid-19, essa situação está aumentando e causando mais casos de tabagismo em consequência do estresse, aumentando os cenários de obesidade em virtude do sedentarismo, agravando os casos de diabetes em decorrência da má alimentação.
A preocupação dos médicos em relação aos jovens é que, existem muitas dificuldades na identificação dos primeiros sinais de infarto por serem semelhantes às crises de ansiedade, por exemplo. Tanto pelos jovens que sofrem os primeiros sintomas de infarto, como nas emergências hospitalares.
Foi o que aconteceu com a estudante de administração, Maria Luísa Brito, de 23 anos. Ela começou a sentir sintomas de infarto no dia 11 de novembro, “Comecei a sentir muita dor no peito, calafrios, minhas pernas e braços tremiam e minha boca ficou muito seca. Minha mãe pensou que era crise de ansiedade porque já tive várias crises, mas dessa vez foi diferente”.
A família de Maria não tem nenhum caso de problemas cardiovasculares, logo os médicos inicialmente descartaram a hipótese e receitaram ansiolíticos (calmante), porém uma das médicas plantonistas solicitou o exame de sangue e descobriram a tempo do tratamento intensivo.
O aumento no número de casos das mortes cardíacas por infarto, pode estar relacionada com à Covid-19, visto que estudos mostram que a pandemia tem influenciado no aumento do risco de doenças cardiovasculares, em virtude da piora dos hábitos saudáveis de vida.
A pandemia de Covid-19 vem agravando a situação. Além de que, a doença em si intensifica o perigo de problemas cardiovasculares e também suas consequências para a saúde mental, que engloba o aumento de depressão e ansiedade, circunstâncias que pioram a saúde cardíaca.
Principais fatores de riscos:
- Tabagismo
- Sedentarismo / Obesidade
- Colesterol Elevado
- Hipertensão
- Diabetes
- Estresse
- Álcool
Como identificar o infarto
Nas pessoas jovens, é mais comum os sintomas serem mais visíveis e consistem em dores intensas no peito que transferem para o braço esquerdo, pescoço ou barriga, mal estar, fadiga, náuseas e até mesmo vômitos.
Entre as pessoas mais idosas, os sintomas citados não são tão explícitos. Geralmente costumam manifestar-se com um desconforto leve na região do tórax ou uma falta de ar leve. Os idosos têm maior possibilidade de não ter todos os sintomas.
Porém, o mais importante em todos os casos de infarto é o tempo dos primeiros sintomas até o início do tratamento, pois quanto maior o período, maiores são as possibilidades de sequelas.
Prevenção inicial do infarto
A mudança nos hábitos precisa ser o principal fator no processo de prevenção de problemas cardiovasculares entre os jovens, levando em consideração que metade dos infartos pode ser prevenida somente com alterações no estilo de vida. Isso vale como prevenção, tanto para o processo de quem está se recuperando de um ataque cardíaco.
Parar de fumar, seja qual for o tipo de cigarro, é visto como um dos principais fatores. Além de praticar atividade física regularmente, manter uma alimentação saudável com baixo consumo de gordura e sal, cuidar da saúde mental e assim como a realização de exames periódicos.