Tempo de leitura: 4 min
Pedro Paulo Lemes

Você já deve ter escutado por aí que a depressão e a ansiedade são as doenças do século, não é mesmo? Juntamente com elas, temos o aumento exponencial de diversas outras doenças e transtornos mentais que atingem nossa sociedade e causam muito prejuízo.

Por isso, o acompanhamento com psicólogos vem se tornando indispensável para a maioria da população. Por outro lado, estes profissionais precisam encontrar maneiras de melhor auxiliar seus pacientes e meios de garantir eficácia no tratamento destes transtornos.

Em meio a tantos métodos de terapia, um vem chamando bastante atenção: o método da terapia assistida por animais.

O que é?

A ‘TAA’, ou terapia assistida por animais, é uma opção usada por psicólogos no tratamentos de pessoas acamadas e hospitalizadas, indivíduos com doenças psiquiátricas, idosos e crianças com necessidades específicas. Tal método faz uso do animal como agente terapêutico, como se fosse a conexão entre terapeuta e paciente, com o objetivo de garantir bem-estar social, físico e emocional dos pacientes.

O que dizem os estudos

Estudos e pesquisas apontam diversos benefícios dessa modalidade. Segundo eles, a taxa de pressão em idosos hipertensos costuma diminuir, a ansiedade tende a ser parcialmente controlada. A TAA ainda possui bastante resultado no tratamento de pessoas com Síndrome de Down, com o paciente ganhando ganhos motores e se relacionando com a sociedade.

Outros benefícios

Para além das questões técnicas, o uso da TAA se destaca como um grande aliado emocional. Um dos principais pontos desta modalidade é o de acalentar pacientes em estado muito grave, conseguindo trazer um pouco de paz em um momento tão difícil, onde só o abraço humano já não é suficiente.

Quais animais são utilizados?

Atualmente, existem 4 tipos de trabalhos assistidos por animais, são eles: a terapia assistida por animais (trabalha mais o fator psicológico e psiquiátrico), a atividade assistida por animais (busca por meio do uso dos animais levar um momento lúdico para o paciente, sem objetivo específico para a reabilitação), a educação assistida por animais (onde professores e profissionais da educação fazem uso dos animais para auxiliar os alunos em algum tipo de dificuldade educacional), e por fim, temos a fisioterapia assistida por animais (onde fisioterapeutas fazem uso do artifício dos animais para auxiliar no tratamento físico e motor dos pacientes).

Estas 4 modalidades começaram trabalhando apenas com cavalos, cães e gatos. No entanto, nos últimos tempos tivemos avanços e hoje em dia os profissionais já incluíram pássaros, peixes, tartarugas, répteis, entre outros.

Porém, importante destacar que o animal deve passar por acompanhamento com veterinário e treinamentos específicos por no mínimo 15 meses após seu nascimento.

O que diz a Veterinária?

O estudante de veterinária, Mateus Callovi, destaca que a TAA é uma modalidade muito recente, ainda não proporcionando muitos estudos a respeito.

“Ela é uma atividade que vem sendo utilizada há pouco tempo. Não sei te dizer quando exatamente começou, mas começou nesses últimos anos, com o contato humano aumentando bastante com os animais, os profissionais viram uma forma de tentar auxiliar no tratamento de doenças”.

“A TAA auxilia bastante pacientes que sofreram algum trauma, que possuem depressão, pois o contato com o animal faz com que a pessoa diminua a taxa de cortisol, no caso de pessoas com autismo faz com q a pessoa se abra mais”, diz Mateus sobre os benefícios da terapia assistida por animais.

Sobre o preparo dos amimais, Mateus destaca: ‘todos os animais são acompanhados por um médico veterinário e recebem vários treinamentos. Alguns deles são até treinados para sanar crises de anciedade.’.

“Importante destacar, que os direitos de liberdade dos animais são completamente respeitados, então o direito de comer, de beber água, de passear, entre outros são completamente respeitados, assim não causando malefícios ao pet”, ressalta o estudante.

Por ser uma modalidade nova, ainda é difícil encontrar especialização e estudos sobre essa prática, no entanto, é uma modalidade que tende a se destacar bastante nos próximos anos.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *