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As festas natalinas fazem parte da clássicos encontros entre famílias e amigos de fim de ano, muitos realizam celebrações de encerramento, confraternizações e amigos secretos, onde presentes e as tradicionais lembrancinhas são trocadas, o que resulta na compra de muitos produtos, tanto para presentes quanto para a própria realização dos eventos.
E junto com o final de ano, vêm o décimo terceiro na conta e a vontade atrelada à necessidade de presentear. Esses dois fatores, além do clima de celebração do Natal, fazem da época “mais bonita do ano” a mais promissora e favorável às vendas. O Natal é a maior data comercial do varejo, então é preciso que os empreendedores, e em especial, os pequenos empreendedores, aproveitem desta oportunidade a favor de seus negócios.
Conversamos com Fernanda Souto, dona da Céu da Boca, doceria pioneira na produção de Bentôs Cakes (pequenos bolos decorados em marmitas) em Goiânia, sobre as vendas da confeitaria durante o impacto do fim de ano, “é algo muito relativo, porque a confeitaria não é um trabalho previsível”.
“Aqui na Céu, durante todo ano as vendas costumam ser muito boas e as agendas de encomenda de cada mês sempre lotam. No Natal e Ano Novo não é diferente. Quando faço pronta-entrega para esses dias festivos, as vendas aumentam muito.”
A confeiteira acrescenta: “Não costumo fazer modelos prontos para essas datas porque os clientes gostam mesmo de escolher o que eles querem. Muitos já têm a ideia pronta. Então somente aumento as vagas para pronta-entrega e os bolos temáticos são pedidos pelos próprios clientes. No dia 24/12, a grande maioria dos bolos são natalinos.
Como os preços dos materiais de produção tendem a aumentar durante essa época do ano, Fernanda comenta sobre o planejamento e organização da doceria para que o saldo final seja positivo: “devido à alta produção durante todo o ano, sempre nos antecipamos com a compra dos insumos e embalagens, então as vendas sempre compensam os gastos no fim do mês”.
No ramo da moda, Julia Barbosa, responsável pela “Basic By Julia”, loja de peças femininas de fabricação própria, em entrevista ao Lab Notícias comenta sobre a atividade da sua pequena empresa durante as festas de fim de ano.
“Principalmente no Natal, é uma época que as vendas aumentam muito. Como a loja é online e têm o prazo do frete e de produção das roupas, já que as peças são feitas sob encomenda, o mês de dezembro é bem movimentado desde o início e a procura também aumenta muito.”
Sobre as estratégias de divulgação da loja, a empreendedora comenta que, atualmente, sente mais facilidade em viralizar seu conteúdo pelo TikTok, por achar uma plataforma mais tranquila para postar recorrentemente, e sempre tentando relacionar as peças com as músicas e trends do momento do app, o que facilita o engajamento e a visibilidade da loja.
Em relação à arrecadação no fim do mês, a empreendedora afirma:
“Como o volume de vendas é bem grande em dezembro, o que acaba compensando os meses de janeiro e fevereiro, em que as vendas são um pouco paradas, mas como a loja é sob encomenda e precisamos de um prazo para a produção, esse ano perdemos vendas por não termos mão de obra o suficiente para produzir todas as peças que a demanda procurava. Então caracterizo a minha loja como slow fashion, por não termos estoque, o que acaba limitando os lucros.”
Partindo do ponto de vista de quem compra, a estudante Gabriela Torres comenta que decidiu comprar um conjunto de peças da pequena loja online por não ter encontrado o que queria inicialmente nas tradicionais e conhecidas lojas de shopping, então descobriu a loja pelas redes sociais e encomendou a peça de acordo com suas medidas e preferências, com um preço que cabia no bolso, tornando uma compra única e que satisfez o seu interesse.