Tempo de leitura: 3 min
MADELAYNE HEMELY TEREZA ARAÚJO
Últimos posts por MADELAYNE HEMELY TEREZA ARAÚJO (exibir todos)
Foto: Mais Fé

O início de tudo

Tudo começou com um projeto de entretenimento independente com financiamento coletivo para produzir uma série de época, com o objetivo de remontar a trajetória de Jesus Cristo por meio dos cidadãos que conviveram com Ele. Assim foi criada “The Chosen” conhecida também como “Os Escolhidos“, em 2017. A série é uma obra norte-americana criada sem o apoio de nenhum estúdio de Hollywood e se tornou um fenômeno internacional, alcançando a marca de 100% de aprovação no Rotten Tomatoes (crítica especializada) e 97% do público.

Segundo produtores, a série com três temporadas até o momento, já foi vista por mais de 400 milhões de de espectadores e está disponível na Netflix, Globoplay e no app “The Chosen” de forma gratuita. Dirigida por Dallas Jenkins, a série tem gerado um grande burburinho desde o seu lançamento. Com um planejamento para sete temporadas e uma abordagem inovadora e ousada, as gravações para a 4ª temporada já se iniciaram. A série tem o propósito de retratar a vida de Jesus Cristo de forma detalhada e emocionante.

Características da obra

Um dos principais pontos positivos de “The Chosen” é a ênfase no desenvolvimento dos personagens. A série nos apresenta uma visão mais humanizada de Jesus, explorando suas relações pessoais com os apóstolos e outras figuras históricas. Cada episódio retrata o olhar que um dos seus seguidores tinha sobre o Cristo, indo além da forma conhecida de recontar da vida Dele desde o seu nascimento até a crucificação. Esse aspecto dá um toque de autenticidade e proximidade à história, tornando-a mais acessível ao público contemporâneo.

Além disso, os atores selecionados para interpretar os personagens têm desempenhos sólidos, destacando-se Jonathan Roumie no papel de Jesus. Sua atuação transmite uma mistura de sabedoria, compaixão e carisma que se adequa bem à imagem tradicional do Messias. Os demais atores também se esforçam para trazer profundidade e nuances aos seus papéis, adicionando camadas interessantes aos personagens bíblicos conhecidos.

No entanto, embora “The Chosen” tenha conquistado muitos fãs fervorosos, a série não está livre de críticas. Um dos principais pontos fracos é o ritmo da narrativa. A série se move lentamente, com episódios que se estendem além do necessário. Embora a intenção seja aprofundar a trama e os personagens, em alguns momentos isso acaba prejudicando o interesse do público, tornando difícil manter o engajamento ao longo da temporada.

Outro aspecto a ser considerado é a abordagem teológica adotada pela série. Embora a obra seja uma produção fictícia, baseada em eventos bíblicos, algumas liberdades artísticas, culturais e sociais são tomadas (com muita cautela, como Jenkins deixa claro em várias entrevistas) na interpretação dos fatos. Ainda que essas escolhas possam ser interessantes para alguns espectadores, podem desagradar aqueles que buscam uma representação mais tradicional das histórias da Bíblia. Portanto, é importante assistir a série com um olhar crítico e estar ciente de que nem tudo é estritamente baseado nas escrituras.

No geral, “The Chosen” é uma série promissora que se destaca por sua abordagem inovadora e pela profundidade dada aos personagens bíblicos. Para aqueles que têm a vivência espiritual do cristianismo, a série consegue produzir uma maior percepção sobre Cristo, ao trazê-lo às telas em forma de puro amor, amizade e fé. Apesar dos pontos destacados, a série tem o potencial de atrair uma nova geração de espectadores interessados em explorar a história de Jesus Cristo de Nazaré.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *