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Domingo. Parece ser só mais um dia do final de semana. Folga? Lazer? Descanso? Não se sabe ao certo. A certeza que se tem é que a família vai estar reunida. Não existe roteiro. Não há nenhum planejamento. Nada precisa, de fato, ser combinado. Mas no fundo o que se sabe é que vão estar todos ali. 

Conforme o tempo passa, o time cresce. A casa, que antes abrigava um casal e seus filhos, agora é dominada por netos, bisnetos, maridos, esposas, namoradas, namorados, cachorros e por aí vai. O que antes era um casarão, agora parece uma simples casinha. Mas não importa. O que vale de verdade é estarem todos ali, em campo.

Depois do almoço, a resenha é garantida. As mulheres vão para um lado e os homens para a frente da televisão. 

– Tio, tá passando jogo de quem?, pergunta o sobrinho.

De repente, a sala se enche. O que antes estava organizado e tranquilo, se transforma num ambiente totalmente caótico, digno de uma final de campeonato: todos procuram o melhor lugar para ter uma vista privilegiada da televisão. O que antes era silencioso, agora é um emaranhado de comentários e opiniões. Não há tristeza nesse lugar, mesmo que o resultado do jogo não seja o esperado. 

A sensação é inexplicável. Para mim, a semana só começa depois de passar esse tempo precioso com quem mais amo.

A casa agora é um estádio de futebol. O sofá é a arquibancada e a televisão o campo de futebol. A emoção toma conta. O jogo começa. O apito final também marca o fim de mais um domingo em família. 

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