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Segundo pesquisa realizada em 2022 pelo IBGE, no Brasil existem cerca de 18,6 milhões de pessoas portadoras de deficiências físicas, assim resultando em 8,9% da população brasileira entre dois anos de idade ou mais. Essa pesquisa já foi feita em diversas ocasiões no Brasil, os mais recentes foram o Censo Demográfico 2022 e também a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) 2013 e 2019.
A Lei N° 13.146, que institui a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência), garante que todas as crianças tenham recursos de acessibilidade para potencializar ao máximo o seu desenvolvimento e habilidades amenizando barreiras para essas crianças. Mas sempre que alguma criança ou adulto portador de deficiência precisa de alguma assistência do governo, na maioria das vezes são desamparados, não recebendo a devida ajuda, como em escolas que muitas vezes não tem estrutura correta para uma pessoa deficiente.
A taxa de desigualdade foi menor entre pessoas com deficiências em todos os grupos etários. Crianças com deficiências entre 6 a 14 anos, 95,1% frequentavam as escolas, um número abaixo de crianças sem deficiências 99,4%. Já os jovens de 15 a 17 anos, a escolaridade dos mesmos que tinham deficiência foi de 84,6%, os jovens que não tinham deficiência que frequentaram a escola no mesmo período é de 93,0%. Para o grupo de adultos entre 18 a 24 anos a taxa para pessoas com deficiência foi de 24,3% e adultos sem deficiência foi de 31,8%. A desigualdade ainda se torna maior quando se acrescenta a questão do atraso escolar em meio a essas pessoas portadoras de deficiências.
Com toda essa dificuldade de acessar uma educação na rede pública, acaba afetando essas crianças e adolescentes no futuro. No Brasil, de quatro pessoas com deficiência na idade de trabalhar, apenas uma estava ocupada. Das 99,3 milhões de pessoas ocupadas no Brasil em 2022, apenas 4,7% eram pessoas portadoras de deficiência. Já o nível percentual de pessoas ocupadas na população na idade de trabalhar, foi de 26,6% para pessoas com deficiência e de 60,7% para pessoas sem deficiência.
O veículo tentou entrar em contacto com Órgão Público para obter respostas sobre todos esses motivos de tanta dificuldade para pessoas portadoras de deficiências frequentar uma educação sem enfrentar tantas barreiras em seu caminho, escolas sem estruturas básicas para os mesmos, mas o veículo não obteve sucesso ao entrar em contacto. O veículo também tentou entrar em contacto com a Assessoria da Secretaria de Educação, com o CRER e APAE mas sem sucesso em obter uma resposta das três instituições.