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O mercado de carros elétricos tem crescido bastante a cada ano no Brasil, de acordo com a Associação Brasileira de Veículos Elétricos (ABVE). Março encerra o primeiro trimestre de 2024 com ótimos números para o mercado de veículos leves eletrificados no Brasil, posicionando-se como o segundo melhor mês da série histórica da ABVE, com 13.613 emplacamentos.
De janeiro a março, as vendas de eletrificados chegaram a 36.090 e bateram mais um recorde, com aumento de 145% sobre o mesmo período do ano anterior (14.786).
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Os 13.613 emplacamentos de março representam um crescimento de 127% sobre março de 2023 (5.989). Em relação a fevereiro de 2024 (10.451), o aumento foi de 30%. As vendas do mês só foram superadas pelo recorde de dezembro de 2023 (16.279).
Infraestrutura
O Brasil ainda não possui muitos lugares para carregar carros elétricos, diferente dos carros a combustão, que são dependentes de postos de gasolina. Segundo a Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL), até 2030 serão 80 mil pontos de recarga elétrica em todo o Brasil.
Mas de onde vai sair toda essa energia que os carros vão precisar? É necessário ressaltar a crise energética que o país passa, causando o aumento das tarifas. Felizmente o Brasil é um dos países com maiores potenciais para geração de energia solar do mundo, em 2021 o país ultrapassou a marca histórica de 11Gm de potência operacional adivinha de fontes solares fotovoltaicas. Os dados são da Agência Nacional de energia elétrica ANEEL; https://canalsolar.com.br/energia-solar-atinge-marca-historica-de-11-gw-no-brasil/
Nesse sentido, a energia fotovoltaica torna-se ponto central quando falamos de infraestrutura para carros elétricos. Projetos como o Eletroposto Celesc, desenvolvido em uma parceria das Centrais Elétricas de Santa Catarina (Celesc) e da Fundação CERTI, já atuam na criação de pontos de recarga na qual a energia será gerada por placas fotovoltaicas e armazenadas em baterias.
Carros elétricos ou a combustão?
Os veículos elétricos são uma revolução no mundo automotivo. Além de serem ecologicamente mais amigáveis, também oferecem uma vantagem considerável em termos de manutenção. Isso se deve a simplicidade de seus motores, e a durabilidade de componentes. Os freios têm um desgaste significativamente reduzido graças à regeneração de energia, um processo inteligente que aumenta a eficácia e prolonga a vida útil dos sistemas de frenagem. Portanto, os proprietários dos veículos desfrutam não apenas de uma condução mais sustentável, mas também de uma experiência de propriedade com menos preocupações com a manutenção. Mesmo com a crescente popularização e acúmulo de adeptos, a eletrificação da frota tende a demorar. Porém, não é segredo que ainda são comercializados a valores inacessíveis à maior parte da população brasileira, com os modelos mais simples custando a partir de R$150 mil. Sem contar a dificuldade de implementação de infraestrutura em relação a postos de carregamento, que também compromete sua maior difusão.
Modelo: Ora 03 Skin, a partir de R$150mil, versão de entrada. / foto; arquivo pessoal
Em contrapartida, os carros convencionais frequentemente demandam mais atenção e manutenção com a variedade de peças móveis e sistemas intrincados, eles estão sujeitos a um desgaste mais significativo ao longo do tempo, desde a troca regular de óleo e filtros até reparos em componentes mecânicos. Essa necessidade constante de cuidados pode não só aumentar os custos a longo prazo, mas também gerar inconvenientes para os proprietários, portanto, enquanto os veículos elétricos oferecem abordagem simplificada e econômica para , manutenção, os carros comuns continuam a demandar uma atenção para manter seu desempenho e confiabilidade.
São diversos os fatores usados para se calcular depreciação e gastos com um veículo, tais como manutenção, impostos, combustíveis, seguro, entre outros. Os gastos anuais com abastecimento e carregamento diferem muito, mas o investimento inicial mostra uma distância drástica entre os valores. Para que o carro elétrico valesse a pena financeiramente em relação ao a combustão, seriam mais de 25 anos de uso para que os gastos somente com estes dois fatores considerados se iguala. Ou seja, a tecnologia do carro elétrico é empolgante e inovadora, mas ainda tem um longo caminho para garantir sua democratização e para se tornar, de fato, uma realidade plausível para grande parte das pessoas.