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A música sertaneja, um dos gêneros mais populares e ouvidos do Brasil, sempre teve um domínio maior por cantores masculinos, sendo Leonardo, Zezé di Camargo e Luciano, Bruno e Marrone, Gusttavo Lima, Eduardo Costa e entre outros. 

As mulheres estão dia após dia desafiando estereótipos de gênero, mas também abrem caminho para uma indústria sertaneja mais inclusiva, onde vozes femininas também seja valorizada igualmente.

Uma das pioneiras que veio fortalecendo o empoderamento feminino nas décadas de 2010 até 2020, foi Marília Mendonça. 

Segundo a Rádio Cultura FM, a eterna rainha da sofrência, Marília Mendonça, é uma das artistas de sertanejo mais vistas do YouTube, com um total de 16,7 bilhões de visualizações, repleta de recordes na plataforma, tendo superado até mesmo um dos maiores ícones do pop, Lady Gaga.

Para entender mais sobre esse movimento de empoderamento feminino na música sertaneja, entrevistamos as jovens cantoras goianas, Caroline Dias Rodrigues, conhecida como Carol Dias, 18 anos e Suellen Cristynne Oliveira Souza, 17 anos, que contaram suas experiências que vivenciaram em tão pouco tempo de carreira. 

Os principais desafios que as mulheres enfrentam na indústria da música sertaneja para elas é o fato das oportunidades surgirem principalmente para homens.

As mulheres muitas vezes têm menos oportunidades do que os homens em termos de acesso a shows, oportunidade de gravações, exposição na mídia e até mesmo colaborações com outros artistas. O maior desafio ainda presente na indústria da música sertaneja é o assédio e abuso, criando um ambiente tóxico e inseguro para muitas mulheres. Diz Carol

Já escutei muitos “você não pensa em fazer outra coisa não?” “porque não vira modelo, tão linda…” diz Suellen

Ao serem perguntadas sobre suas artistas femininas de inspiração para o empoderamento na música sertaneja, ambas tiveram respostas diferentes.

Além de Marília Mendonça, uma outra cantora que vem se destacando no agronejo é a jovem de 20, Ana Castela, que teve seu sucesso após o lançamento de sua música com a cantora Melody, “Pipoco” e hoje invade as principais plataformas digitais, inclusive foi umas das inspirações citadas pelas meninas.

“Ana Castela, a Ana é incrivelmente determinada, focada, e ela é simplesmente ela, ela não deixa de ser do jeitinho dela, só por que está nos palcos, leva sim o trabalho a sério, mais do jeito e da forma dela”, diz Suellen
“Marília Mendonça. Marília sempre desafiou estereótipos de gênero e foi uma das principais artistas no universo sertanejo, tradicionalmente dominado por homens. Sua trajetória e sucesso inspiram mulheres, assim como eu, a perseguirem seus sonhos, mostrando que é possível alcançar o reconhecimento e a realização profissional independente do gênero”, afima Carol Dias

Para encerrar a entrevista, as cantoras comentaram sobre a opinião delas na questão sobre a representação das mulheres na música sertaneja ter evoluído ao longo do tempo.

A representação das mulheres na música sertaneja tem evoluído de várias maneiras ao longo do tempo, mas ainda há sim muitos desafios. As mulheres enfrentaram discriminação e desigualdade de oportunidades na indústria musical sertaneja, mas ao longo dos anos, têm conquistado mais espaço e visibilidade. Todas as vozes devem ser ouvidas e valorizadas. Diz Carol 


A mulher em si, pode e deve ficar onde ela quiser, na música sertaneja, a mulherada tem tomado muitoooo de conta, então creio eu que daqui um tempo a mulher vai ser muito mais valorizada do que nos tempos atuais. Diz Suellen 

O empoderamento feminino na música sertaneja está aos poucos mudando não só a indústria, mas também a sociedade brasileira. Artistas como Marília Mendonça, Naiara Azevedo, Lauana Prado, Ana Castela, Maiara e Maraisa e entre outras, estão inspirando não apenas outras cantoras, mas jovens cantoras como Carol Dias e Suellen Cristynne. 

Mesmo que ainda há muito trabalho a ser feito, a importância da mulher na música sertaneja vem ganhando destaque, garantindo um futuro musical onde todas sejam vozes valorizadas.

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