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Neste mês, a campanha Maio Laranja traz novamente a importância significativa de proteger as crianças e adolescentes. No ano de 2023, o Brasil registrou o maior número de estupros na história do país, o índice cresceu 8,2% em relação aos anos anteriores. Foram apontadas cerca de 74.930 vítimas, sendo 18.110 estupros e 56.820 estupros de vulnerável, sendo as principais vítimas crianças e adolescentes.

Um dos principais movimentos de conscientização da causa é a “Campanha Faça Bonito. Proteja nossas crianças e adolescentes”, realizada nacionalmente pelo Comitê Nacional de Enfrentamento à Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes e Rede ECPAT Brasil em parceria às Redes Nacionais de Defesa dos Direitos Humanos de Crianças e Adolescentes.

A campanha visa alcançar diversos estados e municípios do Brasil, trazendo mais visibilidade para a causa. “O objetivo é nos debruçarmos mais sobre as múltiplas necessidades para revisitar as políticas voltadas para o atendimento em nosso país, além de destacar a data para mobilizar, sensibilizar, informar e convocar toda a sociedade a participar da defesa dos direitos de crianças e adolescentes”, diz o Comitê Nacional de Enfrentamento à Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes em seu site oficial.

Imagem: SINASEFE

Além da campanha Faça Bonito, o Conselho Tutelar de diversas cidades de Goiás, tem auxiliado no Maio Laranja, sendo um dos canais de denúncia e também o aplicador de medidas protetivas.

O presidente do Conselho Tutelar de Abadia de Goiás-GO, Luís Henrique, diz que o fundamento principal do Conselho Tutelar é orientar a população com campanhas para que eles identifiquem atos de violência contra as crianças, já que em grande parte os abusadores são da própria família.

Dentro do Conselho Tutelar, a fiscalização dos casos de violência sexual são feitos através de mapeamentos das zonas de risco. Quando a denúncia é feita para o Conselho Tutelar, a equipe leva a criança para atendimento médico, registra um boletim de ocorrência e logo após, abre-se um inquérito de investigação.

O policial rodoviário federal e vereador por Goiânia, Fabrício Rosa, diz que é preciso entender que grande parte das crianças é violentada dentro de casa por pais biológicos, padrastos, avôs, tios e pessoas próximas. É necessário desconfiar e perceber se a criança apresenta marcas pelo corpo, mudança brusca de comportamento, observar os seus sentimentos e também, se ela está hipersexualizada.

“Conversar e acreditar no que a criança e o adolescente falam é essencial”, diz o policial Fabrício Rosa.

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