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Xande Manso

Segundo a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), a atividade física oferece diversos benefícios psicológicos, principalmente na melhora da autoestima. A prática de exercícios libera endorfinas, que atuam como analgésicos e sedativos, proporcionando uma sensação positiva. Além disso, o exercício é um eficaz auxiliar no tratamento da depressão e ansiedade.

Foto: Freepik

Pesquisas indicam que tanto exercícios aeróbicos quanto treinamento de força ajudam a reduzir os sintomas da depressão. O estudo publicado no British Medical Journal envolveu mais de 14 mil participantes e concluiu que exercícios físicos são um método eficaz para prevenir a depressão. Modalidades como caminhada, musculação e corrida são as que mais trazem benefícios. Os pesquisadores também descobriram que os exercícios potencializam os efeitos dos antidepressivos, tornando-se um poderoso complemento para tratamentos convencionais.

O exercício no tratamento psicológico

O médico Luiz Elias Camargo França explica que o exercício físico é fundamental no tratamento da ansiedade e depressão, pois aumenta a disposição do paciente, melhora a qualidade do sono e reduz o estresse. 

“Além da saúde mental, o exercício estimula a alteração de hormônios, aumentando o ritmo cardíaco e, consequentemente, melhorando a circulação sanguínea, evitando doenças como infarto, acidente vascular cerebral (AVC) e pressão alta.”

Saúde mental e física cada vez melhor

O servidor público João Victor, que sofreu com quadros de depressão e ansiedade, ressalta que os exercícios trouxeram mais qualidade de vida e autoestima, proporcionando mais disposição e saúde.

 “No ano de 2020, vivi um dos momentos mais complicados da minha vida. Perdi familiares e amigos, isso me deixou muito mal, tive crises de ansiedade e um quadro inicial de depressão. Não queria sair de casa, não queria comer, não tinha ânimo. No ano seguinte, um amigo me levou para uma academia. Comecei a praticar musculação e, atualmente, me sinto curado.”

O exercício é um complemento 

O casal Isabelle Martins e Lucas Gonçalves relatam que ambos sofreram com ansiedade após a perda de uma gestação no ano de 2022, e o exercício contribuiu bastante durante o tratamento psicológico.

“Foi o pior ano da nossa vida, tentei ser forte para apoiar a minha esposa, mas o psicológico mexe com a gente, eu sugeri a terapia e ela aceitou” – Disse Lucas. 

“Quando iniciamos o tratamento, o psicólogo recomendou caminhada ou algum exercício que a gente goste para auxiliar no tratamento, optamos pela natação, além de contribuir com a nossa saúde, abriram portas para outros esportes, e atualmente praticamos o Karatê, me sinto bem”, completou Isabelle.

Atividade física também é prevenção 

Para o estudante de Jornalismo, Rikelme Santos, o exercício físico contribui para o controle da hiperatividade, trazendo alívio físico e bem-estar emocional. 

“A atividade física pra mim é um refúgio, todo mundo tem dias bons e dias ruins, eu me considero uma pessoa muito hiperativa e isso faz com que eu me sinta bastante ansioso para resolver minhas questões pessoais, a musculação e o futebol são minhas atividades físicas preferidas, auxiliam muito no alívio da ansiedade e é onde o meu corpo e minha mente conseguem se distrair” 

Benefícios desde o início

O profissional de educação física, Pedro Lemes, destaca que a prática regular de exercícios traz resultados visíveis desde a primeira semana e diversos benefícios para o corpo e mente. 

“Os exercícios oferecem diversos benefícios, como aumento da força muscular e da massa magra, melhorando a capacidade de realizar tarefas diárias e a composição corporal. Além disso, a prática também melhora o humor, reduz o estresse, aumenta a autoestima e contribui para a qualidade de vida.”

Para iniciar um programa de exercícios, é essencial selecionar atividades que sejam prazerosas e que se ajustem à sua rotina. É importante destacar que, embora os exercícios auxiliam na redução dos sintomas da depressão, eles não a curam. O tratamento da depressão deve ser abrangente, englobando psicoterapia e medicação conforme orientação médica.

Foto: Freepik

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