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O esporte influencia o desenvolvimento das pessoas, em especial, dos jovens, que precisam trabalhar pontos importantes para a vida adulta. O futebol é um esporte que envolve a população mundialmente, fazendo com que meninas e meninos despertem o sonho de se tornarem grandes jogadores.

Para entender melhor sobre esse assunto, entrevistamos Luccas Gabryell, um jogador de 16 anos, que iniciou sua carreira aos 10 anos de idade.

Foto: Luccas Gabryell / Arquivo Pessoal

A rotina de um jogador iniciante não é nada fácil: há um complexo esforço entre estudos e os treinos.

“Meus treinos sempre vêm antes das aulas, pois estudo no período noturno. Sempre que chego dos treinos, procuro fazer as atividades do colégio antes de ir para a escola novamente. Meus jogos geralmente ocorrem nos finais de semana ou feriados, então é tranquilo.”

No entanto, o impacto do futebol vai além do gerenciamento de tempo. Luccas comenta sobre a comunicação como uma habilidade. Explorando as lições do esporte e sua aplicação na vida pessoal, Gabryell ressalta valores como respeito, cooperação e paciência.

“Aprendi a respeitar o adversário, a ajudar o próximo e a saber esperar minha vez.”

Quando questionado sobre o impacto do futebol em sua disciplina e capacidade de trabalho em equipe, Gabryell fala:

“O futebol influenciou muito nesse aspecto, pois no campo você não joga sozinho, mas sim em equipe. Se você não souber trabalhar em equipe, isso prejudica você e o time. No futebol, aprendemos a trabalhar em equipe, a falar e a escutar as outras pessoas do time.”

No Estado de Goiás, a Taça das Favelas, organizado pela Cufa Goiás, tem o intuito de dar destaque a meninos e meninas de base, promovendo a inclusão social e desenvolvimento dos jovens por meio do esporte.

E além da diversão, promove a oportunidade de revelar talentos, cria um ambiente saudável, fazendo com que há aprendizado entre os jovens.

Foto: Taça das Favelas / Redes Sociais

Para obter uma perspectiva por fora sobre a influência do futebol na educação e desenvolvimento dos jovens, conversamos com Ana Luisa Alves Galvão, fotógrafa esportiva que acompanha de perto os meninos da base.

Foto: Ana Luisa / Arquivo Pessoal

Ela destaca que a profissão de um jogador hoje em dia acaba tendo mais pressão externa do que há alguns anos atrás, o que acaba afetando a saúde mental de um jovem.

“As pessoas deveriam saber lidar com esses meninos. Muitas vezes ouvi ‘futebol é perda de tempo’. Infelizmente, as pessoas hoje em dia não sabem lidar com meninos que levam essa vida, por falta de aprofundamento no assunto.”

Ana Luisa diz que o futebol pode complementar a educação, principalmente daqueles que iniciam tão cedo no esporte. Ela cita uma frase de Mc Sid:

“Quer acabar com o crime então investe na escola, dignidade e infraestrutura pra quebrada, menor precisa de perspectiva e esperança, quando o Estado não dá isso, o crime vai e abraça”.

É comum que muitos jovens se afastem da escola e desistam dos seus sonhos por falta de oportunidade. Para Ana, o esporte traz muitas coisas boas para a vida dos jovens:

“Um dos maiores sonhos da maioria dos jovens é ser jogador de futebol, e dar visibilidade para esses meninos novos que jogam na base é importante para esses jovens que ainda estão ‘sonhando’. É possível chegar lá. O Brasil deveria investir bem mais nesses jovens!”

A trajetória de Luccas Gabryell no futebol não é apenas sobre dribles e gols, mas sobre uma jornada de desenvolvimento pessoal.

Sua história, junto com as opiniões de Ana Luisa, mostram o impacto positivo que o esporte tem na educação e no desenvolvimento essencial para a vida desses jovens.

E com isso mostra que o futebol em si não faz apenas jogadores, mas jovens focados e que sabem trabalhar em equipe.

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