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A poliomielite, uma doença viral extremamente contagiosa e conhecida por causar paralisia infantil, teve sua última aparição no Brasil em 1989, e foi erradicada logo depois. No entanto, a preocupação recai sobre a persistente queda na cobertura vacinal desde 2016, é o que alerta a Organização Mundial da Saúde (OMS). Os números se mantém consideravelmente abaixo da meta recomendada de 95%.
A prevenção eficaz contra a poliomielite é realizada através da vacinação, que se destina principalmente a crianças menores de cinco anos. Dados recentes do Ministério da Saúde revelam que, em 2022, apenas 72% desse grupo-alvo recebeu a imunização contra a doença. Essa estatística coloca o país em posição de vulnerabilidade diante do retorno potencial do vírus, mesmo após décadas da sua erradicação.
Dados: Ministério da Saúde
O Ministério da Saúde programou para o último sábado (8) um dia dedicado à imunização contra a doença. Falta somente uma semana para o fim da campanha e o índice de vacinação está em 85%, abaixo do recomendado. Os postos de saúde seguem vazios porque muitas pessoas não estão levando as crianças para vacinar.
Perante o risco iminente da volta dos casos da poliomielite, a comerciante Jéssica Vasconcelos, já garantiu que seu filho recebesse a vacina. Nesta segunda-feira (10), ele tomou a dose.
Diante do baixo número de pessoas vacinadas, a enfermeira Camila Damázio alerta para os sintomas da doença e como ela pode afetar gravemente a saúde das pessoas contaminadas.
- os sintomas mais frequentes são febre, mal-estar, dor de cabeça, de garganta e no corpo, vômitos, diarreia, constipação (prisão de ventre), espasmos, rigidez na nuca e até mesmo meningite;
- não existe tratamento específico, todas as vítimas devem ser hospitalizadas, recebendo tratamento dos sintomas, de acordo com o quadro clínico do paciente;
- as sequelas da poliomielite estão relacionadas com a infecção da medula e do cérebro pelo poliovírus, normalmente são motoras e não tem cura.
O arquiteto Mauro Dantas teve poliomielite aos 5 meses e conta as dificuldades que sofreu e ainda sofre devido a doença.
Mauro reforça a importância da vacina para que outras pessoas não enfrentem os mesmos problemas que ele lidou durante grande parte da sua vida.
A campanha de vacinação deste ano foi lançada pelo Ministério da Saúde no último dia 27 de maio e vai até o dia 14 de junho. A meta é vacinar cerca de 13 milhões de crianças menores de 5 anos de idade.