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Renata Ferraz Lima de Maceno
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Plataformas de Streaming/Reprodução internet

À medida que a televisão e os conteúdos que antes só pertenciam a tv passaram pelo processo digital e foram para o streaming, muitas pessoas que reclamavam sobre a televisão ser a detentora de todos os conteúdos, hoje são as mesmas que estão reclamando por não saber onde encontrar o seu filme,série e o jogo de futebol do seu time. Claro que é válido essa insatisfação, tendo em vista que passamos mais tempo tendo que procurar onde serão transmitidos jogos e filmes , do que de fato assistindo. E não estamos falando somente de tempo, porque o investimento financeiro que tem que ser feito para conseguir assistir todos os seus conteúdos é alto.

Com tantos filmes e séries sendo lançados diariamente e ainda mais com o crescimento de conteúdos relacionados a filmes e séries nas redes sociais, esse lista de opções tem despertado desejos e necessidades de assistir tudo o que está em alta, mas eis os obstáculos: onde assistir, como procurar e ainda mais importante, quanto terei que desembolsar.

De acordo com uma pesquisa feita pela Bango, o brasileiro gasta em média R$118 reais por mês com plataformas de streaming. Isso só demonstra que  estamos assistindo um movimento de elitizar os conteúdos, e com isso as pessoas que vivem na classe média baixa não têm acesso ao que também é considerado cultura.

Pois infelizmente até mesmo as TVs que ainda são abertas estão deixando por assinatura séries e documentários, a exemplo da Tv Globo. Milhares de telespectadores, que só podem consumir diversos conteúdos caso se disponibilizarem a pagar o mensal de R$51,20 no aplicativo Globoplay, e se o seu plano for consumir Netflix, como fica essa conta?

Para um brasileiro que deseja consumir os catálogos da  Netflix com maior resolução, e mais perfis o valor a ser pago mensalmente é de R$59,90. Preço bem salgado para quem não tem direito a compartilhar sua senha com pessoas que não sejam da própria casa. E se você tem filhos, como os entreter? E quanto vai  gastar com um streaming que seja voltado para eles? Caso do Disney+, com seu plano premium de R$62,90. E respondendo a pergunta feita no parágrafo acima, essa conta fecha em  R$192,90. Tudo isso para que um pai e uma mãe de família possam ter direito a lazer dentro de seu lar — o que seria fácil de resolver, se o problema fosse somente os valores.

Outros obstáculos chamam a atenção: os catálogos minúsculos que estas plataformas nos oferecem, o que seria perfeitamente resolvido se os contratos fossem feitos pensando nos usuários, pois os assinantes que desejam assistir uma trilogia, por exemplo, devem acessar duas plataformas para conseguir assistir. É o caso da Saga Invocação do Mal, em que, se o usuário assina somente a Max, só terá a chance de assistir o primeiro filme, pois a sequência do filme está em outra plataforma, a Prime video.

Como usuários dessas diversas plataformas, a esperança de uma solução pode estar na unificação de todos eles em um único local, o que facilitaria o gerenciamento e ofereceria preços mais acessíveis. Se isso acontecer, podemos testemunhar uma nova era no streaming, ou talvez seja somente a famosa utopia.


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