Queimadas: como evitar os riscos para a saúde humana?

Goiás registra aumento de 46% nos atendimentos de náuseas e vômitos devido à baixa qualidade do ar, diz Ministério da Saúde
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As queimadas, que se intensificaram nos últimos meses, devastaram áreas de florestas, causando um grande impacto na biodiversidade. De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), através do Programa Queimadas, o Brasil iniciou o mês de setembro com mais de 176 mil pontos de calor. O Estado do Mato Grosso lidera o ranking de focos com 22,3%.

Imagem: Programa Queimadas/Inpe

Além dos diversos malefícios para a flora ambiental, as queimadas têm afetado cada vez mais a saúde da população brasileira. “Há um impacto forte no sistema de saúde, nas unidades de saúde, uma maior procura e, principalmente, uma preocupação não só com os efeitos de curto prazo, mas também de médio prazo na saúde das pessoas”, disse a ministra da saúde do Brasil, Nísia Trindade, em uma Conferência com Institutos Nacionais de Saúde Pública, no Rio de Janeiro. 

O Ministério da Saúde deu algumas dicas para evitar os efeitos das queimadas na saúde humana, acompanhe:

  • Aumente a ingestão de água e líquidos para manter as membranas respiratórias úmidas e protegidas.
  • Permaneça em ambientes fechados, preferencialmente bem vedados e com conforto térmico adequado. Quando possível, busque ambientes com ar condicionado e filtros de ar para reduzir a exposição.
  • Mantenha portas e janelas fechadas durante os horários de maior concentração de poluentes no ar, para minimizar a penetração da poluição externa.
  • Evite atividades físicas ao ar livre durante este período do ano.
  • Não consuma alimentos, bebidas ou medicamentos que tenham sido expostos a detritos de queima ou cinzas.
  • Utilize, preferencialmente, máscaras do tipo N95, PFF2 ou P100, que podem reduzir a inalação de partículas se usadas corretamente por pessoas que precisem sair de casa. No entanto, a recomendação prioritária é permanecer em locais fechados e protegidos da fumaça.

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil.

O Ministério da Saúde registrou, ao longo da primeira quinzena de agosto, 46% de aumento nos atendimentos por náuseas e vômitos em Goiás. A ministra da saúde Nísia Trindade diz que o Sistema Único de Saúde (SUS) tem capacidade para atendimento, mas a resiliência é testada por fatores, como as mudanças climáticas.

“Eu tenho rinite crônica, isso potencializa o ressecamento das mucosas, que causa sangramento e tosse.
As queimadas têm aumentado cada vez mais as minhas crises alérgicas e eu tenho ido ao pronto socorro diversas vezes. Tem dias que o ar está impossível, sem contar com o sangramento excessivo que causa em meu nariz” diz o estudante Yuri Pires.

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