‘O Poço 2’ – Uma reflexão social

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Lauanne Pereira Camargo

Estudante de Jornalismo

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A sequência de O Poço, lançado em 2019 consegue expandir as inquietantes e provocativas premissas do primeiro filme. Dirigido por Galder Gaztelu-Urrutia, O Poço 2 mantém a atmosfera opressiva e angustiante do original. No entanto, dessa vez, o início já mostra o poço com leis e regras, onde os personagens só se alimentam de uma única refeição, tentando ao máximo fazer a comida ir até o nível mais baixo. Aos interessados que ainda não assistiram o filme, vale a pena se surpreender com o longa sem receber os spoilers deste texto.

O ponto de destaque do filme é sua capacidade de amplificar a tensão já presente na primeira parte, ao aprofundar a psicologia dos personagens e a dinâmica entre eles. No primeiro filme, a lógica era implementar uma igualdade, leis para que todos comessem. E no segundo filme, as leis já existem mas não dão muito certo.

Apesar de ser um filme bom, não agradou todos os públicos, críticos deram a nota 1,9. “Baixa qualidade, “nem consegui terminar de assistir de tão ruim, Mal planejado, Ações previsíveis dos personagens” escreveu um crítico, e para ser sincera, a maioria das críticas são semelhantes a essa.

Apesar do gênero ser terror e suspense, não pareceu transmitir nenhum dos dois gêneros na maioria. Mas, a ideia do filme é muito interessante, de mostrar um lado contrário e diferente do filme anterior. É justamente esse o ponto chave do filme que as pessoas pouco entendem. O público alvo do filme seriam pessoas mais pacientes e analistas, mas isso não foi atingido com tanto sucesso.

Assim como “Crush á altura”, é um filme que pouco prende atenção, não é revolucionário, tenta fugir dos padrões e é apenas tido como “um filme bobo”. Crush á altura, no entanto, não tem nenhuma semelhança na questão de gênero ou assuntos abordados em O Poço 2, mas são ambos filmes em que, apesar de ter uma ideia muito boa e fora da caixa, as pessoas não souberam apreciar.