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“Venom: A Última Rodada” (2024) chega como uma tentativa de encerrar uma trilogia que mesclou humor irreverente e ação com um protagonista peculiar, mas também um filme repleto de falhas evidentes. Sob a direção de Kelly Marcel, o filme tenta dar um fechamento digno à saga de Eddie Brock (Tom Hardy) e seu simbiótico, Venom, mas falha em trazer qualquer tipo de inovação. A história, que se foca novamente em uma dinâmica de ação e humor, repete muito dos erros dos filmes anteriores, sem conseguir adicionar profundidade ou uma conclusão satisfatória.
A narrativa é superficial, com diálogos excessivamente expositivos e personagens mal desenvolvidos. Como o CinemaBlend observa, “Venom: A Última Rodada” é um filme que “não sabe como contar sua própria história”, resultando em uma trama desorganizada e previsível. A crítica é unânime ao apontar que, embora o filme se proponha a ser uma grande conclusão, ele acaba entregando mais do mesmo, sem qualquer evolução substancial. O site Collider também destaca a falta de coesão, com a narrativa tendo dificuldades em manter o público engajado:
“A falta de inovação nas cenas de ação e a repetição de fórmulas já conhecidas tornam o filme uma experiência previsível e sem surpresas”.
Outro ponto importante é o uso dos efeitos visuais, que parecem antiquados para o tipo de produção. O The Verge menciona que as cenas de luta são:
“Uma tentativa de esconder as deficiências dos efeitos especiais, colocando-as em ambientes escuros para que o público não perceba o quanto o CGI é falho.”
Esta abordagem não só diminui a qualidade das cenas de ação como também prejudica o ritmo do filme, tornando a experiência visual frustrante. Como observou o The Hollywood Reporter, o filme tenta criar um clima épico, mas acaba deixando a desejar em termos de realismo e envolvimento visual:
“As cenas de luta ficam turvas e caóticas, o que torna difícil de acompanhar a ação”.
No entanto, o filme tem alguns méritos. A química entre Tom Hardy e o personagem Venom ainda é a grande força da produção. O ator, mais uma vez, traz uma performance carismática e divertida, o que garante que, para muitos fãs, o filme ainda seja uma experiência divertida. O Variety destaca:
“Tom Hardy brilha novamente como Eddie Brock, equilibrando perfeitamente momentos de comédia com cenas mais dramáticas, embora o roteiro não acompanhe a profundidade de seu desempenho.”
Mas a crítica também aponta que, apesar dessa performance sólida, o filme peca por não entregar uma conclusão satisfatória para o arco de Eddie e Venom, que se vêem presos a um ciclo de piadas e cenas de ação sem grande impacto emocional.
O humor, que sempre foi uma característica da franquia, também acaba sendo um ponto negativo. No início, a irreverência de Venom e Eddie Brock conquistou os fãs, mas em Venom: A Última Rodada, isso se torna excessivo e forçado. A crítica do Variety descreve o filme como:
“Um espetáculo de piadas repetitivas que, em vez de divertir, tornam a experiência cansativa e sem graça.”
Isso é corroborado pelo Collider, que menciona:
“O filme tenta manter seu tom irreverente, mas, ao longo do tempo, ele se torna mais cansativo do que divertido, com piadas que já não têm o mesmo impacto.”
Apesar de suas falhas, Venom: A Última Rodada ainda oferece o que muitos fãs da franquia esperam: ação, humor e Venom. Para aqueles que gostaram dos dois primeiros filmes, o terceiro provavelmente será uma experiência divertida, ainda que não traga nada novo ou inovador. No entanto, para quem esperava um desfecho épico ou uma evolução da história, o filme é uma grande decepção.
Em resumo, “Venom: A Última Rodada” é um filme que, embora mantenha a fórmula que encantou muitos nos primeiros filmes, não consegue entregar nada além do que já foi visto. Para quem busca uma conclusão grandiosa ou uma narrativa mais profunda, o filme falha em suas promessas. Porém, para quem procura apenas uma diversão leve e irreverente, pode se agradar do espetáculo visual e das piadas que ainda funcionam, mas sem grande profundidade.