Tempo de leitura: 1 min
Aline Drumond

Hoje, enquanto eu andava pela rua da minha casa, por pura coincidência, me esbarrei com o meu antigo eu, em uma tarde dessas em que o tempo parece que nunca passou até você parar para refletir e perceber que absolutamente tudo ao seu redor mudou. Era uma versão minha de anos atrás, de um tempo em que as coisas pareciam menos complexas e complicadas. E naquele momento, senti uma pequena inveja, ao perceber o quanto a vida antigamente era mais feliz.

Olhando calmamente para o meu antigo eu, ela estava ali, sentada em uma calçada com aqueles lindos olhos castanhos, aquela criança ingênua e que via o mundo todo cor de rosa, não pude deixar de notar o seu olhar brilhante, como quem não enxergava maldade em nada. E de certa forma, eu conhecia aquele olhar.

Era um olhar que idealizava as coisas como se a vida fosse um conto de fadas e o final terminaria com um felizes para sempre, onde todas as pessoas eram boas e não existia nenhum tipo de maldade. O tipo de olhar brilhante que eu esqueci que já havia carregado antes. Após fazer essa reflexão, senti uma tristeza que nunca havia sentido antes em toda a minha vida, e foi nesse instante que notei que a vida já não era mais a mesma.

É aquele momento em que o peso da vida bate e você percebe que se você não correr atrás do seu final feliz, ele nunca chegará. E que quanto mais o tempo passa, mais a vida se torna pesada. E apenas não tem nada a se fazer sobre isso.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *