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Um estudo divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostrou uma redução da taxa de jovens goianos, entre 15 e 29 anos, os famosos nem e nem, que não estudam nem trabalham, em um intervalo de 10 anos.
Em 2023, o grupo representava 16,2% da faixa etária, o que corresponde a cerca de 288 mil pessoas. Há dez anos, em 2013, esse índice era de 19,7%.
O avanço pode ser graças ao aumento de jovens que conciliam estudo e trabalho, cuja taxa cresceu de 14,1% em 2013 para 17,5% em 2023, conforme apontam os dados mais recentes.
Cenário em Goiás
Em comparação aos dados nacionais, Goiás mostra uma aumento nos índices. Em média, no Brasil, 21,2% dos jovens estão afastados tanto da escola quanto do mercado de trabalho, uma diferença de cinco pontos percentuais a mais em relação a Goiás.
Além disso, a taxa de jovens brasileiros que estudam e trabalham ao mesmo tempo ficou em 12,6%, cerca de 4,9 pontos percentuais abaixo do registrado no estado.
Na vida real
Sergio Almeida, de 22 anos, morador de Aparecida de Goiânia, trabalha desde os 16, quando começou como jovem aprendiz e diz que desde o fim do ensino médio, teve dificuldade em encontrar uma pós-graduação que caiba no orçamento.
“Quando eu passei no Enem, não tinha condição financeira para me manter em um curso integral sem trabalhar. Então como já era menor aprendiz, fui contratado na empresa e estou lá desde então”
O jovem afirma que um dos motivos pelos quais não estuda é a falta de tempo e disposição para manter a jornada dupla.
“Muito difícil para mim manter essa rotina, moro muito longe do trabalho, quase uma hora de condução, seria complicado manter uma faculdade ou um curso depois do serviço.”
O mesmo não acontece com o outro jovem, Caio Campos, de 21 anos, que cursa uma faculdade e trabalha no regime 6×1.
“Minha faculdade é particular, então acaba que o dinheiro que ganho de salário vai para pagar a mensalidade e as despesas do meu carro. Acho até que se não fosse o apoio que eu tenho em casa e meu carro, que ajuda muito a ir para o trabalho e faculdade, não conseguiria manter esse ritmo.”