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A Justiça Federal condenou na última segunda-feira (16) o ex-assessor para assuntos internacionais do ex-presidente Jair Bolsonaro, Felipe Martins, por racismo. Em março de 2021, Martins fez um gesto considerado racista durante uma sessão no Senado Federal, onde acompanhava o então ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo. Com a mão sobre a lapela do blazer que usava na ocasião, Martins realizou um gesto que simboliza as letras “P” e “W”, representando a expressão “White Power” (Poder Branco).
A investigação concluiu que o gesto feito pelo então assessor do governo Bolsonaro tinha conotação racista. Além de ser amplamente utilizado por supremacistas brancos nos Estados Unidos, o gesto também pode ser interpretado como uma obscenidade.
Após mais de dois anos de processo, Felipe Martins foi condenado a 2 anos e 4 meses de prisão. No entanto, a pena foi convertida em 850 horas de serviços comunitários e uma multa de R$ 52 mil, a título de danos morais e prestação pecuniária a uma instituição definida pelo tribunal. A sentença foi proferida pelo juiz David Wilson de Abreu Pardo, da 12ª Vara Federal, na última segunda-feira (16).
A defesa de Felipe Martins argumenta, desde o início do processo, que o cliente estava apenas ajeitando o terno. No entanto, essa versão foi contestada pela investigação, que entendeu que o gesto foi realizado de forma intencional. Por se tratar de uma condenação em primeira instância, a defesa de Martins ainda pode recorrer da decisão.