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Foto/Reprodução

Quando tudo parecia que poderia melhorar na capital goiana, eis que a cidade é cortada de fora a fora, por uma obra inacabada de anos, chamada: Bus Rapid Transit – BRT. O projeto ganhou força no mandato do ex-prefeito Paulo Garcia (PT). Aprovada a proposta, foi realizado corte asfáltico por mais de 21,7 quilômetros, para ligação da região Norte-sul da capital. O valor estimado para a demanda do BRT foi de R$ 217 milhões (contrato), com início das obras em março de 2015, e com previsão de término em outubro de 2020. Mas o que tudo indica, o período de finalizar as obras já foi excedido e encontra-se longe de acabar.

O percurso do BRT tem ligação entre dois trechos que se dá pelo trecho – 1, do terminal Isidória, até terminal do cruzeiro do sul, localizado em Aparecida de Goiânia, e o trecho-2, do terminal Recanto do Bosque, na região norte da cidade, passando logo após pela Praça do Trabalhador, Praça Cívica, Praça do Cruzeiro e chegando até o Terminal Isidória. 

Passaram-se anos de uma proposta inacabada, estimada em 20 meses para conclusão das obras. Estamos em 2022 e a cidade continua cortada ao meio, por longos caminhos concretados. As árvores, que tinham espaço em vias como a avenida  4ª radial, no setor Pedro Ludovico, hoje dão lugar a cimento e a um trânsito lento. Comércios locais são prejudicados pela poeira. O que já era ruim acabou se tornando pior a cada ano que se passava.

Avenidas principais da capital foram abertas  e alargadas para comportar o novo meio de transporte coletivo, e veículos de passeios. Para quem passa nas regiões nas quais estão sendo administradas a construção do BRT, é possível perceber esse novo fluxo.

Entra mandato e sai mandato da prefeitura e governador e a situação do BRT não muda. Ainda há obras em conclusão, porém nenhum resultado até o momento. A população Goiana por muitas vezes teve que mudar de rota para evitar passar pelo trânsito lento e confuso que essas obras proporcionaram.

A ideia central no início das obras do BRT era sobre os benefícios posteriores que a comunidade goiana iria ter, com mais agilidade, maior capacidade de transporte e desafogamento do trânsito. A prefeitura queria viabilizar a locomoção da sociedade, porém acabou iniciando um terror aos usuários e comerciantes locais, dando espaço para um trânsito que não tem fim.

Terminais foram levantados em locais que não existiam, outros já foram reformados para comportar a necessidade, plataformas de apoio foram criadas, e no lugar que havia arborização foi tomada por camadas extensas de concretos que por fim, não conseguiu chegar a sua forma como planejado.

Durante todo esse transtorno que a capital sofre, ainda temos que lidar com casos cada dia maiores de insegurança e superlotação do transporte público. Ao invés de melhorar a qualidade de transporte já existente e sucateado pelas concessionárias de ônibus, os gestores da capital resolveram a implantação do BRT, como se fosse a resolução de todos os problemas já existentes na lotação pública. Porém até o momento está sendo uma ideia falida. O que era para funcionar ainda continua longe de acabar.

Logo abaixo uma pesquisa de satisfação realizada a algumas pessoas que fazem o uso do transporte público:

A maioria das pessoas que respondeu a pesquisa diz já ter ouvido falar sobre o BRT. No quadro anterior essas mesmas pessoas diz ser necessário mais linhas disponíveis aos usuários. Já tem 7 anos da obra do BRT, essas linhas que iriam contribuir para o aumento da locomoção dos goianos ainda não chegaram!

A proposta do projeto do BRT de acordo com a prefeitura, é dar mais acesso a locomoção dos goianos de forma mais rápida e prática, ligando a região Norte-Sul, ou seja, alguém que saia da região de Aparecida de Goiânia do terminal do Cruzeiro, consegue com um transporte único chegar a região Noroeste no terminal Recanto do Bosque.  

Além do BRT ser uma forma prática de transporte. Ainda não foi especulado o valor que será a tarifa para esse meio de locomoção. A passagem convencional em Goiânia e regiões metropolitanas, está no valor de R$ 4,30 para cada pessoa, além disso, a capital conta com a forma de integração sem a necessidade de pagar outra viagem, dentro de um espaço de tempo de 2h e 30min. Esses usuários conseguem  ingressar novamente no transporte coletivo sem passar por terminais, e podem fazer até quatro integrações.

Como forma sustentável esse meio de locomoção prioriza não apenas aqueles usuários habituais do transporte público, mas visam outros cidadãos que tenham a utilização do dia a dia de veículos próprios, para o desafogamento do trânsito na capital. Consequentemente seria uma forma de menos emissão de poluentes na atmosfera.

A prefeitura de Goiânia, juntamente com as secretarias de trânsito, tem que fazer um plano de sinalização nas vias de transporte, com sinalização para pedestre, faixas preferenciais apenas para o BRT, além de equipar a cidade com calçadas que vão atender à demanda da diversidade da comunidade.

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