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Uma nova pesquisa do Datafolha divulgada nessa última quinta feira (28), revelou os índices de intenção de voto para o primeiro turno da eleição presidencial de 2022. O estudo, que entrevistou 2.556 pessoas nos dias 27 e 28 de julho em 183 cidades brasileiras, mostra o atual presidente Jair Bolsonaro (PL) com 29% da intenção de votos, contra 47% do ex-presidente Lula (PT).
Como sempre acontece após o favoritismo gritante de Lula ser apontado, é possível encontrar o mesmo brado de bolsonaristas inconformados nas redes sociais: como é possível um ex-presidiário concorrer- e pelo que tudo indica no momento, possivelmente ganhar, – à presidência do Brasil?
Em luz aos constantes questionamentos e em prol dos desinformados, vamos para a explicação.
LULA ESCORREGA DA SENTENÇA
A elegibilidade do Lula pode ser explicada por três fatores principais: a anulação dos processos em Curitiba, uma vez que o ex-presidente residia em Brasília quando – supostamente – cometeu os crimes pelo qual era acusado e, portanto, deveria ser jugado em tal; a suspensão do então Juiz Sérgio Moro, que foi considerado parcial no caso do tríplex do Guarujá, tendo todas as suas medidas no processo invalidadas, inclusive as provas coletadas; e por último, mas não menos importante, a prescrição dos processos, tornando-os intocáveis pela Justiça.
Após todos os desdobramentos e anulações, o ex-presidente não possui nenhuma condenação criminal em qualquer instância da Justiça, o que o torna juridicamente inocente e livre para concorrer à presidência ao seu bel-prazer.
PARA DEIXAR DESENHADO
Portanto, Lula é inocente? Tecnicamente – e judicialmente -, sim.
Ele foi absolvido? Não… Pelo menos não na acepção judicial da palavra, uma vez que as condenações de Lula foram cassadas por motivos técnicos.
Para finalizar, a resposta para aquela pergunta é, na verdade, bem simples:
Lula pode se tornar presidente da República porque, pelo menos nos olhos na Justiça, ele é ficha limpa. E afinal, é só isso que importa, não é?