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Repressão das liberdades individuais dos cidadãos, retida do poder central em únicas mãos, um poder caracterizado como absoluto, que implementa suas regras sem precedentes e a instauração de um medo de ser livre pelos cidadãos são fatores que caracterizam o autoritarismo. Essa forma de poder vem sido vivida em inúmeros âmbitos da vida da população. Para que haja um autoritarismo, basta haver uma autoridade. E de autoridades autoritárias, o Brasil parece cheio.
Regimes autoritários e o Brasil
Que a política brasileira tem sido preenchida por modelos de governança que flertam, em alto ou baixo risco, com o autoritarismo, isso é claro. Mas a história conta ainda que temos uma tendência alta em fechar nossos olhos e permitirmos sermos presididos por lideranças absolutas demais. Dom Pedro, Vargas, Castelo Branco, Figueiredo, Bolsonaro.
Autoritarismo brasileiro e século XXI
Nos últimos anos, os atos têm sido silenciosos. Ou nem tanto. A retirada da democracia tem sido feita de forma silenciosa, é quase como uma linha tênue entre o que de fato pode, ou não, ser feito pelas lideranças. E para os cidadãos, tem ficado o papel de calar e assentir, ou a repressão, como pode ser assistido nos confrontos entre polícia e atos contrários ao atual presidente.
Bolsonaro e sua forma de governo
Diferente de outros líderes tidos nesse papel, Bolsonaro age de forma diferente, degradando as instituições e até mesmo a Constituição para o benefício próprio de que as leis passem a ser balela na boca dos seus seguidores. O presidente diz e faz o que quer. “Eu sou, realmente, a Constituição”, foi sua fala com pouco mais de um ano após assumir a chefia do país. Um pouco autoritário e até controverso, mas foram suas palavras.
Um vislumbre do futuro:
Mas até mesmo de todo o mal, se tira algo menos pior. Apesar do receio que esse autoritarismo se reflita em algo ainda pior, ainda parece haver a tal lâmpada acesa no fim do túnel. Falas que flertam perigosamente com um golpe político tem saído com certa constância da boca dos apoiadores do atual governo, entretanto, as pesquisas políticas têm mostrado certa mudança para o cenário político brasileiro para os próximos quatro anos.
A questão agora é cruzar os dedos e torcer para que o autoritarismo político sofrido nos últimos tempos não afete, de forma enfática demais, o futuro da democracia.