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Foto Destaque: Silmar Jacinto
Em resposta aos impactos desastrosos das recentes enchentes que assolaram o Rio Grande do Sul, a Assembleia Legislativa de Goiás (ALEGO) inaugurou nesta terça-feira (07), uma campanha de solidariedade para auxiliar as mais de 850 mil pessoas afetadas, conforme dados da Defesa Civil.
Liderada pelo presidente da ALEGO, Bruno Peixoto, e respaldada por todos os deputados da casa, a iniciativa busca não apenas fornecer assistência imediata às vítimas, mas também promover uma mensagem de união e apoio mútuo entre os estados brasileiros.
A campanha Ação Social da Alego, tem como principal objetivo a arrecadação de alimentos não perecíveis. Além disso, a ALEGO também contribuirá com o envio de três mil toneladas de ração animal, coletadas durante o evento Abril Laranja, para abrigos e entidades de proteção animal na região atingida.
A equipe do Lab Notícias entrevistou a deputada estadual Bia de Lima (PT), para saber a opinião dela em relação às doações feitas na Campanha Ação Social da Alego.
LN: Deputada Bia de Lima, qual é a importância de iniciativas como essa liderada pela ALEGO em momentos de crise como as recentes enchentes no Rio Grande do Sul?
BIA: É fundamental, em momentos de crise e dificuldades, a exemplo como o que o Rio Grande do Sul está enfrentando atualmente, que a população de lugares com qualidade de vida razoável, como é o caso de Goiás, um estado rico, possa ajudar quem mais precisa em horas tão cruciais. Motivo em que a Assembleia Legislativa vem fazendo coletas de doações de alimentos e recursos. Entendo que o governo Lula também esteja enviando recursos, seja através de emendas, doações ou do orçamento, para auxiliar na reconstrução do Rio Grande do Sul. São mais de 300 municípios atingidos por essa terrível enchente, enquanto Goiás possui 246 municípios, então, RS é um estado muito maior. Neste momento, é importante demonstrar solidariedade aos nossos irmãos gaúchos, e nós, da área da educação, também estamos empenhados em contribuir. O Sintego, que é o sindicato em que eu atuo, também está buscando mecanismos para ajudar.
[Nota da redação: De acordo com a atualização mais recente divulgada pela Defesa Civil, subiu para 414 o número de municípios afetados pelas enchentes.]
LN: Em sua opinião, qual deve ser o papel do Governo na prevenção e no enfrentamento de catástrofes naturais?
BIA: Então, como a enchente devastou a todos, não apenas ribeirinhos, mas cidades inteiras. É verdade que hoje todo o Brasil precisa se mobilizar para ajudar o Rio Grande do Sul em sua reestruturação, sua reorganização, para garantir que não haja doenças relacionadas à vacinação ou ao acesso a medicamentos. Nesse sentido, o governo Lula já está enviando todo tipo de apoio necessário para essa dinâmica. Acredito que nós, da sociedade civil e das entidades, podemos ajudar principalmente com recursos financeiros, para auxiliar na reconstrução das casas e das famílias.
LN: Além das doações materiais, como alimentos e produtos de higiene, que outras formas de apoio a senhora acredita serem importantes para ajudar as vítimas e reconstruir as regiões afetadas?
BIA: Acho que, neste momento, o que mais vai precisar, muito além apenas de alimentos, são condições financeiras para a reestruturação das famílias, das residências, do espaço onde cada um habita. Porque, na hora que a água se esvair, aí vai ser um momento muito difícil de verificar qual foi o prejuízo de cada família. Então, é um momento doloroso em que a gente precisa ser solidário nessa hora.
OUTRAS INICIATIVAS
Em um esforço conjunto com diversas entidades e organizações em Goiás, pontos de coleta foram estabelecidos em locais estratégicos para facilitar a participação da comunidade. Entre eles estão: a Cufa Goiás, o Aeroporto de Goiânia, o Sindilojas, o Governo do Estado de Goiás, os quartéis dos bombeiros, a Acieg/Ficomex, entre outros.
A população está convidada a contribuir com doações de alimentos da cesta básica, produtos de higiene pessoal, material de limpeza, itens de cama, mesa e banho, além de ração para animais de estimação. Adicionalmente, doações em dinheiro são aceitas para ampliar o alcance da ajuda prestada.
1. Cufa Goiás: Recebendo doações de alimentos e recursos financeiros para as vítimas via Pix. Endereço: Av. Antônio Fidelis, Qd. 107, Lt. 7, Parque Amazônia, Goiânia. Horário de atendimento: segunda a sexta-feira, das 8h às 18h. Contato: (62) 99248-1541.
2. Aeroporto de Goiânia: Posto de coleta 24 horas no terminal de passageiros. Endereço: Alameda 4, s/n, Santa Genoveva.
3. Sindilojas: Recebendo roupas, alimentos não perecíveis, produtos de limpeza e higiene pessoal. Endereço: Rua 90, nº 320, Setor Sul. Horário de atendimento: segunda a sexta-feira, das 8h às 17h.
4. Quartéis dos Bombeiros: Recebendo colchões, cobertores, lençóis, travesseiros, fronhas e mosquiteiros em todo o Estado.
5. Acieg/Ficomex: Arrecadando cobertores, agasalhos e roupas íntimas infantis e adultas. Endereço: Rua 14, número 50, Setor Oeste. Horário de atendimento: segunda a sexta-feira, das 8h às 17h.