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O Brasil é frequentemente citado como um dos países que mais se demite técnico no futebol, os técnicos que atuam em times brasileiros precisam aceitar qualquer desafio, sabendo que em 3 rodadas ele pode não servir mais. Hoje é o heroi, amanhã o vilão. Eles são mesmo os descartáveis, e mais do que uma opinião, isso é o fato. Um levantamento de 2023 aponta que só pela série B do campeonato brasileiro tiveram 32 demissões. Ou ganha ou está fora. Sempre vai ter outro técnico pronto para assumir o lugar.
E os times grandes como lidam com isso
Times que são considerados a elite do futebol brasileiro são os primeiros a se renderem aos técnicos descartáveis, como por exemplo de Corinthians, São Paulo e Flamengo. Os times de massa não tem tempo para esperar um trabalho se consolidar. Esse ano o Timão trocou de técnico 3 vezes, não terminou o ano,e alguns não tiveram a oportunidade de trabalhar nem por 6 meses.
A redes sociais tem papel nesta cultura ou é só dinheiro?
Os clubes de futebol vivem de dinheiro, os grandes por trás que não entram em campo vivem dinheiro, seja venda de camisa, público nos jogos e ganharem as partidas. Se não tem retorno financeiro, é o fim da linha para o comandante.
E os torcedores de redes sociais, usam as suas contas privadas para pedir a saída, usam os comentários ofensivos para ordenar a saída. Podemos colocar o papel de fomentar essa cultura na torcida, afinal não há tempo para perder.
As diferenças de tempo de trabalho de um técnico estrangeiro para um brasileiro
Uma pesquisa feita pelo Espião Estatístico, em 2023, aponta que o trabalho de um técnico brasileiro no futebol do país gira em torno de 50 dias a menos que um técnico estrangeiro. Com um dos exemplos mais fortes o português Abel Ferreira, que comanda o Palmeiras, que está para completar 4 anos como comandante do clube paulista. E o brasileiro a mais tempo no cargo, é Renato Gaucho, que voltou a treinar o Grêmio-RS desde setembro de 2022 e está até os dias de hoje, somando 2 anos.