Educação: a busca pelo conhecimento não tem idade

Adultos com mais de 30 anos tem se interessado cada vez mais pelos estudos
out 28, 2024 , ,
Tempo de leitura: 3 min

O interesse pela educação superior entre pessoas com mais de 30 anos no Brasil tem crescido significativamente, impulsionado em grande parte pela oferta de cursos de Educação a Distância (EAD). Segundo o Censo da Educação Superior de 2022, realizado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas (INEP), mais de 65% das matrículas em cursos de graduação foram realizadas na modalidade EAD.

Sendo assim, tal crescimento reflete uma mudança no perfil do estudante universitário brasileiro, com mais adultos buscando novos conhecimentos. Desse modo, até aqueles que não tiveram muitas oportunidades estão correndo atrás de desenvolver qualificações através do estudo, mostrando que o aprendizado não tem idade.

A combinação entre trabalho, vida familiar e estudos pode ser um grande desafio, mas para muitos adultos, a busca por um diploma superior representa mais do que uma realização acadêmica, é uma maneira de mudar suas vidas e conquistar uma nova posição no mercado de trabalho.

Para entender melhor essa trajetória, entrevistamos Talianny Kristiny, servidora pública que decidiu iniciar o ensino superior após os 30 anos. Em conversa com o Lab Notícias, ela compartilha o que a motivou, os desafios enfrentados e como concilia a vida pessoal e profissional com os estudos.

LN – Talianny oque te motivou a entrar na faculdade aos 38 anos? Foi algo que você sempre quis ou surgiu como uma nova oportunidade?

Talianny Kristiny – O que me motivou foi uma oportunidade de trabalho que surgiu. Eu era costureira, mas recebi a oportunidade de atuar como assessora de vereador na função de chefe de gabinete. Esse novo emprego me fez enxergar meu potencial e me inspirou a buscar a faculdade, que hoje faço na modalidade EAD. Fazer um curso superior era algo que antes eu nunca imaginei ser capaz de realizar. Com essa experiência, percebi que posso conquistar o diploma. Não quero ficar presa ao salário mínimo, com estudo, posso conseguir um salário melhor e uma qualidade de vida superior.

LN – Quais foram os maiores desafios que você encontrou ao decidir voltar aos estudos nessa fase da vida? Como você conseguiu equilibrar o tempo entre estudos, trabalho e vida pessoal?

Talianny Kristiny – Atualmente, ainda estou conciliando minhas atividades. Sou mãe de dois filhos e também sou esposa, preciso estudar, trabalhar e manter minhas obrigações em casa. Confesso que enfrento dificuldades em manter a concentração e, além disso, sinto um certo medo em relação a isso.

LN – Na sua opinião, o que as unidades de ensino superior presencial ou EAD, como é o seu caso, poderiam fazer para facilitar o acesso e a experiência dos alunos? 

Talianny Kristiny – Na minha opinião, na faculdade EAD, o acesso às plataformas e aos materiais deveria ser mais simples, especialmente para quem não tem tanta experiência com computadores. Além disso, seria ótimo se o atendimento fosse mais fácil e rápido, considerando o tempo limitado que muitos alunos têm.

LN – Quais são as suas expectativas em relação à nova formação? Você acredita que o curso trará mudanças significativas na sua carreira e vida pessoal?

Talianny Kristiny – Minhas expectativas em relação à nova formação são de finalmente conquistar um diploma de ensino superior e me sentir orgulhosa de mim mesma. Essa jornada me mostrou que sou capaz de aprender novas coisas e aprender diferentes áreas de trabalho. Acredito que essa formação terá um grande impacto  na minha carreira, além de me ajudar a alcançar o sucesso na minha vida pessoal.

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