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Eu sempre fui uma pessoa romântica, amo ler livros e ver filmes de romance aonde o mocinho faz de tudo pela mocinha, com atos grandiosos e declarações apaixonadas que nos faz debulhar em lágrimas. Por isso como muitas (e muitos) sempre imaginei e idealizei isso pra mim… e esperava que quando eu me apaixonasse seria assim, mas não é.
É muito mais, mas, ao mesmo tempo muito menos.
Acho engraçado como idealizamos algo que no fundo não queremos, eu nunca quis atos grandiosos ou declarações apaixonadas. Na verdade isso me dá um pouco de vergonha, não combina nada com a minha personalidade.
O amor que eu encontrei veio mesmo através das pequenas coisas, dos pequenos gestos, naqueles mínimos momentos que aceleram o coração e trazem o sentimento avassalador que é amar alguém. E assim percebi que me apaixono todo dia no mesmo cheiro, mesmo abraço, mesmo beijo e mesmo sorriso.
De um dia para o outro você está lá, falando de casamento, de construir uma vida juntos, de quantos filhos ter, de envelhecer juntos. Algo que você nunca tinha conseguido imaginar com alguém, agora é o que você mais deseja.
E mesmo me considerando romântica, nunca fui uma pessoa de demonstrar sentimentos. Era uma pessoa fechada que guardava tudo e mas um pouco dentro de mim, achava que não precisava compartilhar. Mas ele com seu jeito leve, extrovertido, com sorriso fácil me abriu bem fácil, até mais do que um dia eu cheguei a imaginar.
Quando vi não segurava mais o filtro que repetidamente estava comigo, as coisas em volta ficaram mais simples, mais fáceis, mais engraçadas, eu no fim também me tornei tão leve que as vezes até me assusto, pareço estar vivendo uma outra vida dentro de alguns meses.
Isso me fez refletir e perceber com o amor realmente nos muda, pode ser que nem sempre de uma forma boa ou fácil como foi comigo, mas as mudanças ficam perceptíveis. Ele nos pega desprevenidos, deixando marcas que farão lembrar para sempre dos momentos bons e ruins. Da transformação que alguém que não era nada e virou tudo, pode fazer em você.