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Era um dia comum. Chamei um motorista de aplicativo para ir até a casa de um familiar. Estávamos em silêncio até que o motorista teve que parar o carro e aguardar o semáforo abrir. Quando eu olhei pela janela, do meu lado esquerdo, vi um grande cartaz no muro de uma rua. Era a foto do candidato a Governador por Goiás, Major Vitor Hugo. Então, na tentativa de iniciar uma conversa e quebrar o silêncio em que estávamos, já que eu estava ansiosa, como eu fico toda vez que pego Uber sozinha, questionei o motorista sobre o que ele achava do candidato em questão.
Confesso que a resposta dele me surpreendeu. Ele disse que na verdade nunca tinha ouvido falar no candidato. A conversa se prolongou e ele começou a falar dos seus posicionamentos políticos, sobre o que ele esperava nessas próximas eleições, se declarou um eleitor do atual presidente Jair Bolsonaro e fez fortes críticas ao governo do Partido dos Trabalhadores (PT), deixando claro que não queria que o Lula voltasse à presidência do Brasil.
O homem nordestino, que veio da Bahia, defendia muito bem o seu ponto de vista político. Mas quando perguntei em quem votaria para governador do Estado, se ele conhecia os candidatos a Senadores, deputados Estaduais e Federais, ele simplesmente parecia alheio ao assunto. E disse que nem conhecia ao certo os candidatos, mas que futuramente escolheria alguém para votar.
Naquele momento uma luz acendeu na minha mente e comecei a fazer vários questionamentos. Até quando essa polarização política vai continuar? Quando a população vai entender que não é só sobre o presidente? Que talvez um dos grupos políticos que mais merecem a nossa atenção são os deputados, que detêm o poder legislativo? Afinal, eles criam os projetos de leis que regem toda uma sociedade.
Assim, durante o diálogo com o motorista, me esforcei em tentar explicar a importância de se escolher um presidente para o país, mas também de escolher um governador para o estado, bem como os senadores e deputados. Afinal, vivemos numa República Democrática, onde o presidente não governa sozinho e os estados são soberanos. E o homem que inicialmente demonstrava não se interessar pela política além dos rivais Lula e Bolsonaro, agora parecia reflexivo sobre a política em geral.
Muito bom , parabéns