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Empresas goianas têm adotado uma nova política de diversidade cultural no processo de contratação e promoção de funcionários. Com isso, pessoas que sofrem rejeição por sua orientação sexual se sentem acolhidos e inseridos no mercado de trabalho.
Com essa política, é possível abrir espaço para que os empregados possam ser incluídos em um ambiente justo e respeitoso, obtendo assim acesso igualitário em oportunidades e recursos que possam contribuir para o sucesso de uma organização.
A loja C&A Modas do Shopping Flamboyant foi uma das empresas que aderiu à nova política de diversidade para a contratação de seus associados. Isso foi feito por meio de um questionário sobre orientação sexual com o objetivo de tratar a inclusão em um ambiente de trabalho.
O questionário foi respondido por cada associado em seus próprios celulares, a percepção dos funcionários foi de que essa política tem como principal objetivo oferecer espaço valorizando, assim, a diversidade humana e cultural no desenvolvimento de suas atividades.
“Acredito que ainda temos muito o que caminhar, pois, mesmo que eu não perceba na minha empresa casos de discriminação, eu sei que existe o preconceito velado. Precisamos respeitar as pessoas, não é a cor, a raça, a religião ou opção sexual que vai fazer que ele seja menos capaz. Como gestora sou totalmente a favor das políticas a diversidade, não temos que ter divisões, temos que ser livres, pois todos nós somos iguais,” diz Andriellem Ferreira, gerente negra da loja C&A Modas.
Bissexual, Erika Cristina Souza afirma algo muito parecido sobre a atitude que devemos tomar diante desse misto de cultura dentro das empresas: “Eu respeito meus colegas, respeito cabe em todo lugar e é muito necessário.”
O incentivo a novas políticas empresariais vem no contexto de que o Brasil é um dos países que mais mata homossexuais e pessoas trans. Ainda é preciso um grande avanço para reconstruir toda uma cultura brasileira. Um passo como esse é um dos pequenos avanços que podem futuramente fazer uma grande diferença.
De acordo com relatório de 2021 da Transgender Europe (TGEU), 70% de todos os assassinatos registrados de pessoas trans e LGBTQIA+ aconteceram na América do Sul Central. Sendo 33% no Brasil, seguido pelo México, com 65 mortes, e pelos Estados Unidos, com 53.
Por ora: “Isso é um incentivo para que outras empresas também adotem essa política e ofereça lugar para essas pessoas LGBTQI+ que ainda se encontram culturalmente excluídas.” Disse o associado gay da loja C&A, Givanildo Conceição.
Os associados se sentem mais acolhidos diante a essas políticas, no dia-a-dia ainda há preconceito e poder trabalhar em um ambiente confortável permite que todos os empregados se sintam como a associada lésbica Geovana Pereira diz se sentir: “Me sinto beneficiada com essa política, porque antigamente eles excluíam pessoas só por causa da sexualidade, raça ou cor, e ter uma empresa que abraça isso é muito bom.”