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A violência contra a mulher espanta a todos. Mas até que ponto choca uma sociedade inteira a ponto de terminar?

Perguntas como essas nem deveriam existir. A violência em si já é um ato depreciável, ela sendo contra a mulher causa revolta, sentimento de incapacidade, vulnerabilidade entre outras. Mas porque será que esse tema continua sendo tão atual a ponto de nenhuma medida tomada ser capaz de exterminar essas atrocidades?

Segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) os dados das 27 unidades da federação, indicaram um leve recuo nos registros de feminicídio em 2021, violência essa que leva a vítima a óbito. Esse mesmo fórum mostrou um aumento de casos de estupro. Dados coletados a partir da denúncia das vítimas.

A pandemia da Covid-19 fez com que as pessoas ficassem mais reclusas dentro de casa, para sua própria segurança, então essas mulheres que saíam para trabalhar acabaram ficando em casa devido ao novo modelo de trabalho em “Home Office”. Dentro do período de março de 2020, o mês que marcou o início da pandemia, e dezembro de 2021, foram contabilizados 2.451 feminicídios e 100.398 casos de estupro de vulnerável.

Porque a violência ainda acontece?

A palavra violência vem do termo latino vis, que significa força. Nessa condição a violência é um abuso de força. A grande questão voltada à violência contra a mulher é o machismo nas estruturas da sociedade, em que o ser homem acha que tem domínio sobre o corpo da mulher, e que suas relações devem ser de submissão e papéis não relevantes dentro da sociedade. O patriarcado é outro sintoma de violência contra mulher.

Nas relações históricas a mulher se tornou uma vítima preferencial da violência contra o corpo. Esses dados não tem uma grande queda ao passar dos anos. A cada ano que passa  esse tipo de crime acomete uma grande parte da população feminina. A violência de gênero está relacionada às mais diversas agressões que essas mulheres sofrem, e os dados só demonstram que não tem uma idade principal para que esses crimes aconteçam, mas sim um perfil. Quem nasce mulher corre perigo a todo momento, dentro de casa, nas escolas, ruas, trabalho, em todos os cantos.

De forma tardia o Brasil sancionou em 07 de agosto de 2006 a Lei 11.340, que versa sobre os mecanismos para coibir a violência contra a mulher. Conhecida como Lei Maria da Penha, que deu voz a todas as mulheres em situação de violência doméstica cometida por seus companheiros, pelo simples fato de serem mulheres.

Impactos sobre a vida das mulheres e tipos de violência

O ato de ferir, discriminar, impedir causa problemas sérios ligados tanto à parte física quanto psicológica. Mulheres vítimas de violência doméstica tendem a ficarem mais recuadas, tímidas, culpadas, e intimidadas. Muitos casos não são denunciados por vergonha, falta de apoio, medo e inseguranças, o que torna esses números ainda maiores.

Algumas mulheres param suas rotinas por conta do impacto que sofrem, tanto no trabalho, família, amigos e pessoas próximas. Essa violência pode aparecer tanto como física, psicológica, sexual, econômica ou como violência no trabalho.

A violência psicológica parte da ameaça, constrangimento e a humilhação pessoal. Em alguns casos é difícil de identificar, e pode não deixar marcas aparentes, mas sim um sentimento de rejeição por parte da vítima.

Essa violência também pode ocorrer por omissão, não só por ação. Isso quando se nega ajuda, algum tipo de cuidado ou o auxílio a quem precisa. É necessário destacar que a violência está longe de ter um significado, pois para esse tipo de crime não existe necessidade alguma.

Já a violência sexual transcende os direitos reprodutivos e sexuais de uma mulher. Assim o autor desse tipo de violência tenta coibir os direitos da mulher não respeitando seu corpo.

Como combater a violência contra mulher e qual sua relevância?

A violência contra a mulher reflete não só apenas questões de ordem cultural, religiosa e social que se manifestam de forma distintas em diferentes partes do mundo. Dessa forma políticas de ações afirmativas devem ser mais efetivas dentro da sociedade. O corpo da mulher não pode ser algo de poder do sexo masculino, como visto na atualidade. O poder público deve investir severas penas para o autor do crime.

A partir do momento em que mulheres têm seus direitos e interesses preservados e garantidos, não precisam terem medo de sair na rua, ou ficarem em suas casas. Existem vários meios para ajudar a combater a violência contra mulher, sendo a partir de denúncias, encorajando a vítima e oferecendo o apoio necessário.

É necessário que esse combate a violência contra a mulher seja aplicado, para que essas atitudes não sejam passadas de geração em geração. A partir do momento que essa conscientização for realizada, e medidas cabíveis aplicadas, existirá a possibilidade da redução de casos como esses.

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