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Estados como Goiás e São Paulo apresentam índices de casos menores depois de longos períodos com constantes infecções pelo vírus

No segundo semestre de 2022, a média móvel de casos da Covid-19 diminuiu em relação aos outros meses do ano. Após um longo período com a população preocupada com a doença, os dados mais recentes, divulgados pelo consórcio de veículos de imprensa a partir de dados das secretarias estaduais de saúde, trazem um “ar de alívio” para todas as pessoas.

Desde o início da pandemia, ao todo, foram registrados, no Brasil, cerca de 34.517.770 casos conhecidos do coronavírus, segundo o consórcio de veículos de imprensa. De acordo com a mesma fonte, até então, 684.427 mortes foram confirmadas no país, e a média móvel do números dos falecidos, até a última atualização feita no dia 04 de setembro de 2022, foi de 126 pessoas.

Em um contexto geral, os profissionais da saúde acreditam que, ao decorrer do tempo, ainda haverão surtos da doença. Entretanto, com a vacinação disponível para o povo nos centros de saúde pública, a tendência é de que, cada vez mais, a Covid-19 deixe de ser uma grande preocupação para a população brasileira.

“No momento atual, acredito ter chegado a taxas endêmicas, estamos atualmente com taxas baixas de óbito. Acredito que surtos de contaminação ainda acontecerão por períodos [sic], mas com letalidades baixas como acontece hoje com a influenza (gripe comum) e a dengue, por exemplo.”

Allan Rodrigues de Morais, Cirurgião especialista no aparelho digestivo

“Enxergo o momento como em todo o Brasil, tudo se normalizando, as pessoas se tranquilizando e voltando a viver normalmente, inclusive com a melhora da experiência vivida, como por exemplo, a maior digitalização dos bancos e comércio. Infelizmente, um pequeno percentual se prejudicou, como o menor aprendizado de alunos em escolas [sic], o fechamento de algumas empresas, a sequela física de algumas pessoas que sofreram a doença grave e as sequelas emocionais de uma parcela da população. Porém, acho que, por sermos seres em evolução, após qualquer tipo de adversidade, temos posteriormente algum tipo de aprendizado e desenvolvimento, e por isso, temos que sempre ser otimistas e sempre agradecer a Deus por mais um obstáculo vencido.”

Francisco Franco de Azevedo, Angiologista, Cirurgião-Geral e Cirurgião-Vascular

No início do mês de setembro, com base na mais recente atualização dos dados divulgados pelo consórcio dos veículos de imprensa em comunhão com as secretarias de saúde de cada Estado, PR, RS, ES, SP, GO, MS, AC, AP, AL, BA, PI e RN apresentaram uma queda nas médias, SC, AM, CE e SE estão com médias estáveis, MT, PA e RO possuem médias altas no momento e o DF, MA, MG, PB, PE, RJ, RR e TO não divulgaram as respectivas informações para a pesquisa de 04 de setembro.

Apesar das boas análises, o surgimento da Monkeypox e de alguns surtos de Dengue e Influenza, por exemplo, fez com que a população ficasse novamente preocupada com a saúde em geral no Brasil. Entretanto, tais casos não anulam ou relativizam a frequência da melhora da Covid-19, com base na opinião popular entre os profissionais da saúde.

“No estado de SP os casos tendem a queda, sendo hoje -32% comparado a 14 dias atrás, tendendo a queda. A preocupação com a Covid-19 foi realmente extrema, visto a gravidade e número de mortos causados pela doença e isso fecha os olhos para demais enfermidades. No caso da Varíola [Monkeypox], não creio que superará a preocupação com a Covid-19, já que, até o momento, é uma doença na sua [sic] grande maioria de forma benigna e afetando população basicamente específica.

Robson Poul Lucas Tiossi, Infectologista e membro da coordenação do hospital da UNIMED em São Carlos-SP

O consórcio dos veículos de imprensa que apuram os dados relacionados à Covid-19 foi formado através da parceria inédita entre: g1, O Globo, Extra, O Estado de S.Paulo, Folha de S.Paulo e UOL.

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