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A fundação do Instituto Antônio Poteiro em 2011 procurou preservar as obras do artista mas atualmente busca manter viva não só a arte da família mas da cultura goiana.
A exposição que está aberta para o público no Centro Cultural Octo Marques desde o final de outubro chega ao fim neste sábado (03), mas se prepara para ida a Brasília.
Em entrevista com Américo Batista de Souza Neto, filho de Antônio Ponteiro, entramos em um mundo sensível e folclórico, assim como as obras da família.
Instituto Antônio Poteiro
LN: O Instituto teve sua fundação em 2011, desde então ele vêm ocupando seu espaço e sendo um grande porta-voz de artistas plásticos, pintores, etc. Do seu ponto de vista, qual a importância e o papel do Instituto Antônio Poteiro?
Américo Ponteiro: Quando meu pai morreu, foi criado o Instituto Antônio Poteiro e a tendência do meu pai sempre era a que a gente fizesse um museu, mas por um museu ser muito complicado a gente então criou o Instituto. A gente mantém ainda com os nossos próprios recursos e tamo aí fazendo trabalhos com crianças, com escolas. Eu tenho meu ateliê em Aparecida, e fazemos oficina quando conseguimos algum projeto.
Família Poteiro
A relação da família Poteiro com a arte já vem de muito tempo e continua forte, na própria exposição tem obras de 3 décadas da família. Como você define essa relação?
Américo Poteiro: A arte é como falam, a gente já nasce com ela. A maior parte de meus parentes de Portugal sempre mexeu com arte, tinha essas oficinas e, então veio de geração a geração. Acho importante que a gente tá seguindo uma raiz e queremos deixar isso para a eternidade, sempre trabalhando e tentando manter o nome da família Poteiro.
A Exposição
Como foi a produção da exposição “As Matérias Vivas de Antônio Poteiro: Barro, Cor e Poesia”?
Américo Ponteiro: Nós temos as ideias e passamos para nossa produtora, que vai atrás de patrocínio. Nessa exposição, entramos em contato com a Enel que patrocinou ela.
As obras do Instituto buscam mostrar muito da cultura e cotidiano goiano. Há outras inspirações para as obras que ilustram essa exposição?
Américo Ponteiro: Temos a cultura goiana, o folclore, a mitologia, a natureza, então não ficamos bitolados só em uma coisa não, nosso universo é variado, a gente sempre tá inovando e fazendo coisa nova.
A exposição em Goiânia foi alongada e vai até este sábado (03), em seguida tem destino para Brasília. Quais são as suas expectativas e do próprio Instituto quanto ao espaço que ele vem ganhando cada vez mais?
Américo Poteiro: Nosso Instituto já percorreu vários estados do Brasil, tivemos exposição no Rio, São Paulo, Belém, já fomos para o exterior, a gente não para não. Nós sempre esperamos mostrar nossa forma de produzir para outros tipos de povos, nosso trabalho é diferente do trabalho europeu então é isso que a gente pretende fazer, mostrar para o povo.
Tem outros projetos vindo por aí?
Américo Poteiro: Vai depender agora dessa mudança de Governo, para ver o que a gente faz, por enquanto não, mas a nossa produtora ta de olho para ver se a gente entra em outros projetos.
Com o fim da Exposição em Goiânia, a mostra segue para o Museu da República, em Brasília e começa sua produção no dia 15 de dezembro, até meados de fevereiro.