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Após o último resultado das eleições gerais do Brasil, em 30 de outubro deste ano, favorável ao então candidato Luís Inácio Lula da Silva (PT), desencadeou-se por todo o país manifestações organizadas pelos eleitores conservadores de direita. Estes alegam, dentre outras queixas, a ilegitimidade do pleito, partidarismo praticado pelo Judiciário e montagem de consórcio de mídia pela imprensa. Para esclarecimento das pautas e bandeiras levantadas por esse movimento, entrevistamos uma das participantes, a representante comercial Thaynara Muniz Rodrigues, de 28 anos.
Nascida em Goiás, atualmente Thaynara Rodrigues reside em Natal (Rio Grande do Norte), onde ela participa das manifestações ininterruptas em frente ao 16º Batalhão de Infantaria Motorizada do Exército. No local, circulam diariamente centenas de pessoas vestindo a camisa do Brasil, portando a bandeira nacional e cartazes, de forma ordeira, democrática e pacífica; “sem nenhum tipo de violência, pessoas bebendo ou agressão; existe ainda, um grupo que zela pela limpeza do ambiente”, como declara a entrevistada.
Acerca das reivindicações do eleitorado presente, a goianiense enfatiza: “nosso pedido é por transparência nas eleições; imparcialidade do Supremo Tribunal Federal – que foram parciais em todo o processo eleitoral – e intervenção militar para restabelecer a lei e a ordem, conforme o Art. 142 da Constituição Federal“. Segundo ela, os cartazes levantados dizem, basicamente, ‘Todo poder emana do povo’ em referência à Constituição e ‘SOS Forças Armadas’, “a quem pedimos socorro em meio ao silêncio dos demais poderes.” Demonstrando o desespero e insegurança de grande número de brasileiros, ligada à crise institucional em que se encontra o país.
Ao ser questionada sobre o que dificulta crer no resultado das eleições, Thaynara diz:
“As eleições não foram justas, pois a mídia articulou-se a todo momento para eleger o seu candidato (Lula); quando culpou o presidente Bolsonaro pelas mortes da Covid-19, propagou Fake News ao chamá-lo de genocida, fascista e tantos outros adjetivos pejorativos. Mais um indicativo foi a censura praticada pelo Supremo Tribunal Eleitoral aos perfis de mídia de políticos e artistas que pediram por transparência, ou seja, por questionar estão sendo censurados, ferindo o direito à liberdade de expressão previsto em lei. A verdade é que ‘quem não deve, não teme’. Ignoraram as queixas contidas no relatório do PL – condenando-os a pagar 22 milhões por litigância de má-fé – e as dúvidas levantadas na Live do argentino [vídeo ao vivo feito pelo argentino Fernando Cerimedo, no qual apresenta comparações de dados da eleição em questão e outras passadas] – igualmente censurada – em que ele faz questionamentos devidamente embasados. Por isso acreditamos que houve fraude“.
Para os que fazem parte do movimento, as decisões dos Ministros não apaziguam: “Demonstram total parcialidade, agem como donos do país e pouco importam-se com a Lei e a Constituição Federal. Estão cerceando a liberdade da direita e agindo como cabos eleitorais do Partido dos Trabalhadores de forma clara sem qualquer pudor. Por isso as manifestações são importantes, pois mostram a todos a indignação de milhões de brasileiros. Mesmo que a imprensa parcial ignore, elas têm chegado no mundo todo” sustenta a entrevistada.
A respeito de sua motivação, a representante comercial revela:
“o que me motiva a integrar as manifestações é o fato de não aceitar que um ‘descondenado’, analfabeto e sem capacidade alguma, governe o país. Lula foi condenado em três instâncias, possui um terrível histórico de corrupção, investiu o dinheiro público em países vítimas de ditaduras, e para completar, não apresentou um plano de governo. Em consonância a isso, sou extremamente contra a esquerda e suas pautas.”
As manifestações em Natal e em demais Capitais e Regiões do Brasil já acontecem há 31 dias, sem previsão de término. Para Thaynara Rodrigues, a mobilização deve seguir: “continuaremos até esgotar a possibilidade de as Forças Armadas intervirem.”