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Todos os anos tais comemorações geram grande contribuição ao mercado, por ser um momento de maior reflexão e expectativas, muitas pessoas veem na compra a manifestação de seus desejos para o novo ciclo que se inicia. Seja através de uma peça de roupa nova, um planner para planejar o ano, presentes para os entes queridos ou gostosuras da época: para todos os gastos há um incentivo, e claro, o 13° salário. A fim de usufruir bem dessa fase é preciso atentar-se para os anseios do cliente, assim, melhor assisti-lo no que ele precisar.
Desse modo, entrevistamos alguns empresários que relataram, dentre outras coisas, experiências à frente de suas microempresas e como beneficiaram-se desse momento favorável. Para o confeiteiro Yan Carlos, da Carlo Doces Confeitaria, as melhores estratégias de vendas nesse período foram: imergir o comprador no universo festivo e lançar mão de ferramentas de marketing. No seu caso, fazer uso dos doces favoritos da estação e manter o cliente informado sobre seu modo de produção, através das redes, estimulou e estimula a realização do pedido.
De acordo com Yan, Natal e Ano Novo são a segunda melhor época de faturamento na Confeitaria, a primeira é a Páscoa. Com muitos pedidos, esses dias de festas são importantes, pois é possível agregar ao cardápio doces típicos da data, como panetones e chocotones; tornando a ocasião perfeita para levantar fundos que durem até os primeiros meses do ano. “Prestar um bom serviço, utilizar ferramentas como Tráfego pago, fazer parcerias com outras pessoas, gerar conteúdo de valor para os clientes e compartilhar o dia-a-dia de produção; ajuda a atiçar o desejo de consumir nos seguidores”, afirma o entrevistado.
Já na experiência da artesã Roberta Camilo, do Menina Artesanato, publicidade e propaganda nas redes sociais não são o suficiente.
“Uma outra forma que encontrei para não ficar refém das redes nesse fim de ano foi mostrar os produtos no meu trabalho principal. Também sou servidora pública, já que ainda não foi possível viver apenas de artesanato. Por lá, divulguei algumas das lembrancinhas que faço, como os porta post-it e cadernos brochurinha. Consegui vender vários.”
Roberta acrescenta: “Não costumo fazer produtos temáticos, mas os planners são muito interessantes e essenciais nessa época, já que estão diretamente ligados ao planejamento e organização do ano vindouro. Procuro não usar estampas temáticas para não correr o risco de perder os produtos feitos, caso não sejam vendidos. Assim, podem ser comercializados ao longo do ano também.”
No Menina Artesanato, o foco são encomendas personalizadas: “cada caderno feito à mão tem uma parte de mim, uma parte especial, cheia de amor e alegria em fazer parte da vida de cada um que adquire os produtos da MA“, diz a artesã.
Em relação ao aumento nos preços dos produtos, que já é esperado nessa época, Yan Carlos traz a solução: “os produtos aumentam muito, para pagar um preço melhor eu comprei algumas coisas na Black Friday, dessa maneira, faço um estoque e consigo lucrar mais. As vendas, graças a Deus, compensam os gastos e investimentos que faço para o Natal e Ano Novo”. Além dele, Roberta também vivencia aumentos absurdos no valor dos produtos do seu ramo:
“Nossa base que é o papel, foi o que mais teve impacto no valor. A média de uma resma de papel sulfite de 75g foi de R$ 29,00 para R$38,00” um aumento maior que 31%. “Impossível não repassar essa diferença no valor final do produto. Infelizmente as saídas ainda não compensaram todo o investimento feito até aqui na MA“, lamenta a entrevistada.
Inegável porém, é a importância dessas datas para muitos empreendedores, especialmente os pequenos, que recebem predileção por uma parcela dos consumidores a essa altura. Preços mais acessíveis, atendimento personalizado e exclusividade de produtos são alguns dos pontos somados por estes fregueses a favor dos micronegócios ao finalizarem a compra.
Conforme dito pela estudante Ana Júlia Coutinho, que costuma ir as compras nessas últimas semanas do ano: produtos únicos que não são oferecidos pelas grandes lojas, e um atendimento mais próximo do público, são atitudes que podem ser tomadas para tornar lojas menores mais atrativas. Ainda que, no ciclo de pessoas com quem convive, muitas prefiram comprar de grandes conglomerados, geralmente por status, visto que as marcas são mais conhecidas.
Esse último dilema é enfrentado todos os anos pela microempresária Laura Trindade, dona do Brechó Penumbra, que mesmo estando em um dos ramos mais aquecidos da estação, o da moda, enfrenta os meses de menores saídas durante essas festividades. “Quem gosta de presentear no fim do ano ou até comprar para usar nas comemorações, não prioriza os brechós jamais. O preconceito por trás de peças de segunda mão certamente afasta as pessoas de até mesmo considerarem a opção”.
As vendas no Brechó, segundo Laura, são muito menores nesse período em comparação com os outros meses do ano. “Para mim, ao longo dos três anos de existência do Penumbra, as festas de fim de ano não impactam nem positivamente, nem negativamente no meu negócio”. Dessa forma, ela faz o que pode para aumentar as vendas, priorizando a festa de Ano Novo: “Tentamos investir mais no réveillon e trazer peças com brilho ou nas cores que as pessoas geralmente usam, mas sem nunca sair do que é o estilo do brechó”.
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