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Depois do sonho de ingressar em uma universidade, o sonho da maioria dos alunos é concluí-la da melhor forma possível — isto é, com um diploma na mão e boas médias. Conseguir essa marca tende a ser bem desafiador, além de provas, seminários, artigos e trabalhos os alunos antes de se formarem precisam passar pelo desafiador processo do TCC, o trabalho de conclusão de curso. Esse trabalho serve para que os alunos comprovem e apliquem aquilo que aprenderam em seus anos de ensino superior.

Esse processo pode levar ao estresse, ansiedade e depressão, mas nem sempre esse processo precisa ser assim. O Lab Notícias conversou com alguém que passou por isso recentemente e falou de suas experiências com o temido TCC.

Marina Veiga, tem 23 anos e se formou em jornalismo na UFG em setembro de 2022. Atualmente trabalha como coordenadora de marketing em um instituto de pós-graduação em estética. Conversei com ela sobre a experiencia de montar, escrever e defender um TCC

Johnny – Do que tratou e como se deu a escolha do tema de TCC?

Marina Veiga – Foi um tema que eu escolhi no começo da faculdade, porque é um tema que fez parte da minha vida desde sempre. Eu falei sobre o YouTube e o Spotify como plataformas que catalisaram o processo de midiatização do rap nacional, ou seja, como o YouTube e o Spotify contribuíram para que o rap saísse ali do seu ambiente. Desde quando o rap chegou ao Brasil, né que chegou como um produto digamos underground. Era uma contracultura muito grande e como a partir dessas plataformas ali nos anos 2000, a gente viu esse processo de midiatização e de aumento de acesso e a ocupação do rap em espaços, que são totalmente populares que são totalmente aceitos e como a visão sobre gênero se transformou né ao longo dos anos então foi um tema que eu escolhi, sei lá, quando eu estava meu terceiro período, por aí. Era algo que eu olhava e falava, nossa queria muito falar sobre isso. Só que eu queria falar sobre o rap como forma de manifestação política de certa parte da população, que não tem voz, que seria a população periférica. Quando fui construir esse tema, dentro de TCC 1, o Pavan que me orientou, ele me falou que não dava para eu fazer sobre esse tema porque era um tema mais ligado à sociologia, do que é o jornalismo. Eu precisava inserir algo de dentro, do campo de estudo do Jornalismo, foi aí justamente que eu trouxe essa questão das mídias digitais, das plataformas digitais. Porque é uma algo que eu sempre gostei muito de estudar, algo que eu sempre que eu trabalho atualmente inclusive. me joguei para dentro de um tema que era uma área super área de interesse meu e descobrir assim coisas fenomenais e ligações muito grandes e muito interessantes. Foi um tema muito gostoso de se falar sobre. 

J – Você acredita que teve Liberdade criativa nessa escolha? 

MV – Eu tive muita liberdade criativa, escolhi o meu tema, pude falar sobre o que eu quis, no momento em que eu quis. A única restrição que eu tive foi justamente por causa das normas de TCC do jornalismo. Enquanto jornalista, falar sobre algo que seja diretamente ligado ao jornalismo. Não dá para eu falar sobre essa questão do discurso, a análise de discurso, ela não tá ligada diretamente ao jornalismo. Tem muito mais acerca disso. Acredito sim que eu tive muita liberdade criativa, os meus amigos que fizeram junto comigo, tiveram muita liberdade criativa e os meus dois orientadores tanto Pavan no TCC 1, quanto Lisandro no TCC 2, me apoiaram o tempo todo, me ajudaram muito na construção, o Lisandro era uma pessoa mais solta. Ele perguntava: e aí? como é que tá andando? Eu dava uma ideia e ele falava “nossa, massa, continua”, ele realmente me deixou criar asa e escolher o que eu queria. Em alguns momentos isso me deixava meio louca. Eu olhava e falava: “meu Deus é tanta coisa”, mas foi muito bacana, o processo eu me senti muito é livre mesmo, para falar sobre o que eu queria e da forma como eu queria. 

J – Como foi o processo de produzir o TCC? 

MV – Loucura, foi muito loucura mesmo. Eu sou o tipo de pessoa que nunca na vida conseguiu fazer as coisas com antecedência então se a entrega da minha matéria de PTJ [Produção de Texto Jornalístico, uma das matérias do curso de jornalismo ofertadas na UFG], amanhã, eu estava escrevendo hoje à noite a minha reportagem eu sempre fui assim. Mas no TCC eu pensei: vou fazer diferente, o TCC é algo muito complexo. Eu via como um Bicho de Sete Cabeças, que eu precisava começar a escrever ele com uma mega antecedência. No meu TCC 2, a gente criou o cronograma, tinha todos os prazos, fiz todas as leituras, fiz tudo certinho, quando chegou na parte de escrever, eu juro para você, eu sentava eu não conseguia escrever nada. Não saía nada da minha cabeça, eu sentava ficava olhando para o computador e falava “meu Deus do céu, eu preciso fazer” e não saia. Eu consegui escrever o TCC faltando duas semanas para entrega. Eu o construí em duas semanas. Foi maluquice, eu não conseguia me concentrar em determinados horários, troquei a noite pelo dia. Escrevi uma TCC inteiro à noite. de madrugada. Eu ia muito para a biblioteca, um lugar que eu amo é a biblioteca de Samambaia. Eu saia da minha casa andava 14 km, não pagava mais nenhuma aula no campus. só para ia para biblioteca escrever TCC. Foi um processo muito intenso foram semanas ali de muita frustração, como eu estava escrevendo sobre um assunto que não é muito tratado dentro da academia, eu tive que fazer uma pesquisa muito grande por assuntos que eu não sabia se realmente era aquilo ali [útil para o projeto], por exemplo, a história do Racionais. Não sei se você viu, mas o Netflix soltou um documentário com a história do Racionais, tipo assim, eles lançaram um documentário um mês depois de eu fazer a defesa do meu TCC. Todas aquelas informações eu tive que ir lendo 1 bilhão de coisas diferentes, recortes muito pequenos. Só tem um livro no Brasil que conta a história do rap nacional que é o “se liga no som” [Se Liga no som: As transformações do rap no brasil, de Ricardo Inding Teperman], que foi um livro que eu o comprei físico. Foi um processo muito cansativo, de uma pesquisa extensa em muitos lugares, é um processo muito frustrante, porque tinha vezes em que eu dava de cara com a parede e falava meu Deus não sai nada sabe eu questionava muito a minha habilidade de construir algo. Eu sempre fui uma pessoa muito sucinta, eu sempre fui muito é rápida pra defender meus argumentos então quando eu vi que eu tinha que escrever uma monografia de 50 páginas, eu olhei e falei como é que eu vou fazer isso. Como é que eu vou enrolar por 50 páginas tanto que até o último minuto assim quando eu joguei o meu TCC ali pra formatar, no final faltavam cinco páginas. Falei meu Deus o que que eu faço agora? Corri pra enfiar a imagem no TCC, porque eu não consegui escrever mais nada. Foi realmente um processo cansativo, mas foi muito recompensador no final olhar o meu trabalho pronto, ver a opinião da banca, os elogios que recebi, a forma como eu me senti realizada sobre o meu trabalho, no final de tudo foi uma experiência incrível.  

J – Como você acredita que o seu trabalho pode impactar a sociedade? Você acredita que isso pode acontecer? 

MV – Com certeza e eu acho que o meu trabalho é um trabalho em continuação. Não tem muitas coisas sobre a pauta, não que eu seja pioneira sobre isso. Mas, tem muitas coisas que falam sobre o rap, você tem muitas coisas que falam sobre YouTube, muitas coisas que falam sobre o Spotify. mas nada que fale sobre tudo isso junto, como um impacta o outro. É extremamente importante e pertinente atualmente, estudar o impacto das redes sociais. São coisas que estão cada vez mais presente dentro do nosso dia a dia, como eu consegui provar dentro do meu trabalho. São coisas que impactam muito a produção musical, que impactam a indústria. É algo que eu comecei a falar no final do TCC, eu deixo justamente no final dele, essa constatação de que é um tema que precisa continuar a ser explorado.

A cada dia mais surgem novas plataformas que catalisam ainda mais esse processo de midiatização e mudam ainda mais esse processo de produção musical, por exemplo, o Tik Tok. As músicas agora estão cada vez mais se adaptando ao formato do Tik Tok, você tem ali 30 segundos de mensagem dentro da música que se repetem pela música toda. Por quê? Porque são só 30 segundos que vão parar dentro do vídeo, que tem o potencial de Hit.

É algo que precisa continuar sendo estudado, que vai afetando a gente todos os dias, a cada nova descoberta que vai chegando, cada nova rede social, isso vai alterando a forma como a gente consome, a forma como a gente produz, é importante que a gente veja isso para que a gente não se torne escravos das redes sociais nessa questão de produção. Para que a produção cultural volte a ser assim realmente pelo que a gente acredita, pelo que a gente gosta, e não pelo que vai hitar, pelo que vai fazer sucesso no digital. Eu queria estender minha pesquisa, só que agora não era a hora, mas eu ainda quero voltar para ela. 

J – No futuro, você pretende continuar a sua pesquisa? no mestrado? no doutorado? no pós-doutorado? 

MV – Com certeza. Eu tinha um plano de entrar para o mestrado agora, nesse agora no início do ano. Só que acabou que foi um prazo muito apertado, eu tinha 18 dias para construir um pré-projeto, decidir um orientador e eu nem sabia quem poderia me orientar. O meu orientador de TCC, ele orienta o mestrado dentro de outra faculdade a FCS [Faculdade de Ciências Sociais] então eu já teria que trocar de novo a minha linha de pesquisa, acabou não dando tempo de tudo isso. Mas é algo que eu quero voltar, porque eu acho extremamente relevante. O rap como um dos gêneros mais escutados dentro do Brasil, precisa ser estudado dentro da academia é imperativo que isso aconteça. 

J – Quais foram os grandes desafios para produzir esse TCC? 

MV – inicialmente a falta de materiais, eu tive que escavar muita coisa. Passei muito tempo lendo o artigo inútil, porque nele havia um parágrafo que falava sobre o que eu precisava e o resto não tinha nada a ver. Eu tinha uma escassez de fontes muito grandes, por exemplo dentro do meu próprio TCC. Eu citei um documentário da MTV que eu não consegui achar o ano de publicação, porque é uma mídia meio te perdida. Descobri o nome dele por causa de um frame da vinheta em que tinha o nome dele, mas a data em que ele foi veiculado, não faço a menor ideia. Eu coloquei “pode ter sido entre ano e tal e tal”. Acaba se perdendo muita coisa, não se tendo muita certeza sobre muita coisa. tem partes do meu TCC que vem até das próprias fontes que se fala: “é a suposição é que tal o gênero tenha tido influência de tal gênero que veio antes em tal país”. Foi realmente uma pesquisa muito esmiuçada, que me consumiu muito tempo, me fez procurar em vários lugares diferentes, para eu ter um mínimo de informação que eu pudesse usar. É o segundo essa questão de não se ter muitas análises sobre a midiatização. A midiatização ela é um termo sobre qual se fala muito pouco. Você tem poucos pesquisadores que vão a fundo dentro daquilo e você tem lados muito soltos sobre a midiatização. Tem explicações muito diferentes umas das outras, sobre o mesmo tema. Eu tive que escolher por quais linhas eu iria. Também essa questão de ser uma pressão que a gente acaba colocando em cima da gente, muito grande. Todo mundo vê o TCC como um bicho de sete cabeças, mas na verdade para quem já fez o curso todo, o TCC não é nada, o TCC é muito simples. Até dentro da faculdade mesmo, tem aquela coisa de que o TCC faz com calma, faz sozinho. É bom que seja sozinho? é bom. Você vai ter tempo para se dedicar, mas não é a coisa mais difícil do mundo. A gente precisa desmistificar o TCC. 

J – Na sua opinião a universidade e orientador,  fornecem o apoio necessário nesse tipo de trabalho ou é uma questão de sorte que varia de caso para caso? 

MV – É uma questão de sorte e é uma questão de como você trabalha, por exemplo, eu e uma amiga minha muito próxima tivemos o mesmo orientador. Eu me dei muito bem com esse orientador. Quando começa o TCC 2, o aluno tem direito a escolher as pessoas que ele quer que o orientem, manda três nomes de professores. Eu mandei três nomes de professores que eu queria que me orientasse, o meu orientador não foi nenhum desses. Existe uma possibilidade que é os professores se sentam e distribuem os temas, um professor pode olhar e falar: “nossa, eu quero orientar esse TCC”, chama “reivindicação”. No meu caso, o meu tema foi reivindicado por um professor que não era uma das pessoas que eu tinha escolhido, era uma pessoa mais distante de mim, um professor que eu peguei uma matéria só durante a faculdade toda, que falou “eu quero porque eu gostei desse tema, tá dentro do que eu gosto de trabalhar”. Beleza para mim, isso não foi um problema. Esse mesmo orientador que também reivindicou o tema dela. Ele é uma pessoa mais solta, o Lisandro é mais distante de você durante a produção, ele vira e fala: “olha estabelecemos um cronograma a cada etapa do cronograma, a gente vai fazer uma reunião para falar sobre o que deu o que não deu o que que você precisa”. Só que ele não é aquela pessoa que te manda e-mail toda semana, que te manda mensagem regularmente perguntando como é que tá a produção. Isso funciona para mim, porque eu gosto de fazer as coisas do meu tempo. A minha amiga, minha é uma pessoa um pouco mais ansiosa, ela precisa de alguém a cobrando o tempo todo, de um acompanhamento mais próximo, porque ela tem muitas dúvidas e é muito tímida. Então, ela não ia atrás do professor, só que o professor também não ia atrás dela. Isso Acabou dificultando muito a produção dela, gerou nela uma insegurança muito grande. Chegou nos últimos dias ficávamos conversando entre nós duas, porque o nosso orientador não passava algumas informações. Até a própria defesa foi algo muito confuso, a época de definir as bancas, de definir quando seria a defesa. A minha entrega final é uma história engraçada. O professor me passou as correções finais, eu fiz essas correções, assim que eu terminei as correções, eu tinha o plano de enviar para alguém revisar, a parte de ABNT, ortografia, etc.. Mandei para o professor e falei “olha professor, tá corrigido, me avisa se tiver tudo ok, para mandar para revisão”. Ele respondeu “já estou enviando para a banca”, daí para frente foi basicamente um segura na mão de Deus e vai. Graças a Deus, estava tudo certo, não tive correções, mas foi algo muito de supetão, algumas coisas. O orientador não teve essa proximidade, esse preparo de entender como cada uma de nós lidava com o processo. É por isso que eu falo que é muito de sorte e muito da pessoa que tá fazendo também, de como ela vai lidar com esse orientador, se ela vai deixar ele entrar na cabeça dela e destruir a produção dela ou se ela vai saber lidar com isso ou não. 

J – Como foi se apresentar diante de uma banca e ter o seu trabalho avaliado? 

MV – Me deu pânico total, porque me formar, para mim, era algo muito grande, meu Deus, eu quero ter um diploma. Era um momento muito importante e era um momento muito sério, e a minha banca era um professor que eu nunca vi na minha vida. Ele se chama Marcilon, ele é da publicidade, não faço a menor ideia de quem seja, foi meu orientador que escolheu, porque quando ele virou para mim e perguntou: “Quem você quer para sua banca?” Eu só falei Lisandro, escolhe, eu não tenho ninguém mente que vai falar sobre esse tema, que vai conseguir entender o que eu estava querendo dizer. Então vai na fé e escolhe você quem for foi.” E aí quando o professor foi avaliar, a gente acabou tendo um diálogo muito bacana, ele era uma pessoa que gostava do tema que eu produzi em toda a sua completude. A questão de ser avaliada me deu muito medo porque é um processo em que você se sente muito inseguro, em que você questiona muito se você consegue construir aquele trabalho, se tá bom o suficiente. O TCC não é uma receita de bolo, cada TCC, é um TCC. Você constrói de um jeito, tem o seu jeito de narrar. Quem faz projetos experimental faz uma coisa, quem faz monografia, faz outra. Acaba sendo algo muito único muito particular de cada um. O meu TCC para mim, era algo muito pessoal, tinha traços muito grandes da minha formação. O rap foi um gênero que me formou desde criança, muito de quem eu sou hoje veio do senso crítico que o rap me trouxe. Apresentar a minha forma de ver o rap, a minha forma de enxergar as mudanças que o rap sofreu, um processo de ter as minhas opiniões e o que eu consegui absorver de tudo que eu li, baseado na minha experiência, ser contestado por alguém? Isso é apavorante, é terrível, você ver alguém virar e falar “ah, mas eu discordo”, “mas eu acho que não seja assim”, não que tenha rolado algo do tipo comigo, não que a gente tem entrado em um embate. Mas eu vi acontecer no TCC de uma das minhas melhores amigas da faculdade, um professor que simplesmente não concordava com o ponto de vista dela. Só que essa questão, não é algo para se concordar ou não se concordar. É uma produção que você tá fazendo com base no que você leu, no que você absorveu, e pessoa só vai olhar e contestar os fatos daquilo, mas sobre a opinião que você colocou, ela não pode realmente né dizer se tá certo ou se tá errado. É uma opinião, é uma construção ali. E dá esse medo justamente por isso, por ser algo pessoal, por ser algo que você colocou tanto tempo, por ser algo que você construiu com tanto carinho. E aí você senta pra defender o seu TCC e a única coisa que passa na sua cabeça é “meu Deus isso todo mundo odiar”. 

J – Quais dicas você daria para quem está começando o processo de escrever o TCC? 

MV – Primeira coisa: escolha um tema que você ame. Não dá para fazer um TCC falando sobre algo que você não goste. O TCC ele é uma pesquisa em que você vai estudar sobre aquilo até exaustão, vai ver tudo que existe sobre aquilo. Em dado momento você vai se cansar de falar sobre aquilo, são 50 páginas. É muita coisa. Se não é um tema que você ama, não é algo que você realmente gosta e tem paixão, você vai se cansar, vai olhar para o seu TCC e falar eu não quero mais falar disso aqui, quero parar agora. Tem que ser algo que você realmente goste. Tenha uma rede de apoio perto de você. tenha pessoas que entendam o processo que você tá. Porque vai ter amigos que vão te chamar e você vai ter que falar não posso ir, tô escrevendo meu TCC. Vai ter gente que vai te cobrar [atenção] e você vai falar “não posso estou escrevendo meu TCC”. Quando eu estava escrevendo meu texto, que eu fui fazer a minha defesa, eu larguei também o meu trabalho. Eu pedi demissão, porque foi uma época muito conturbada e muito cheia. Você precisa de pessoas que te apoiem, que estejam com você. Eu recomendo seguir o cronograma que você criou, não se cobrar, se não tiver dando certo. Se você teve um bloqueio, igual eu tive, tá tudo bem. O importante é que em algum momento você consiga sentar, escrever e produzir. Vai ter dias que não vai sair nada. Vai ter dias que você vai estar uma super-heroína e escrever cinco páginas de uma vez. É um processo, cada um tem um tempo, cada um tem seu jeito. Não se culpe, não avalie a sua produção com a do colega. Eu tive amiga que terminou o TCC, 2 meses antes de entregar. Se eu fosse basear a minha produção na dela, eu teria ficado maluca. É algo muito particular. E curta o processo, depois que passar, você vai olhar com muito carinho para essa fase, por mais que seja frustrante, por mais que te deixe maluco, você vai olhar e vai falar: “fui eu que fiz”, e vai ter muito orgulho. 

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