O Projeto Rondon é um programa que busca contribuir com a sociedade oferecendo soluções sustentáveis para inclusão social e desenvolvimento regional, enquanto promove o engrandecimento da cidadania e de valores humanitários em estudantes universitários.
Iniciado em 1967, encerrado em 1989 e reiniciado em 2005, o projeto, coordenado pelo Ministério da Defesa, além do suporte das Forças Armadas (que proporcionam a logística de transporte e a segurança dos voluntários durante as operações), conta com o apoio dos ministérios da Educação, Cidadania, Saúde, Meio Ambiente e outros! Participam as instituições de ensino superior (IES), os governos estaduais e as prefeituras municipais.
Para falar um pouco mais sobre a experiência de ser um rondonista (nome dado aos participantes do projeto), o Lab Notícias entrevistou Alessandra Arnaudin, graduanda de Medicina Veterinária e rondonista da Operação Lobo-Guará, de 2023.
LN: Alessandra, como é participar do Projeto Rondon?
Alessandra: Acredito que a palavra que descreve a experiência do Rondon é expectativa. Antes de iniciar o projeto, eu tinha muitas expectativas com a operação Lobo-Guará, entretanto, todas elas foram superadas. Tive a oportunidade de conhecer pessoas que jamais teria a chance de conviver, viver emoções tão fortes em tão pouco tempo e precisar me reinventar, além de lidar com frustrações e convívio em grupo.
LN: O Rondon leva a equipe selecionada para fora do campus, para colocar em prática o que se é aprendido em sala de aula. Que experiências você adquiriu com a participação?
Alessandra: O Projeto Rondon me trouxe a oportunidade de ensinar, inovar na didática, diversificar a linguagem e lidar com as adversidades para que a mensagem que eu precisava passar fosse ouvida. Mas acima de tudo, me provou que ainda tenho muito o que aprender sobre a vida e que de onde você menos espera vêm suas maiores lições.
LN: Como foi sua atuação no projeto?
Alessandra: Sou estudante de Medicina Veterinária na Universidade Federal de Goiás, e por isso minha atuação se baseou nas demandas que o município tinha, principalmente, envolvendo produção animal com pequenos produtores e assuntos envolvendo transmissão de doenças transmitidas por animais em zonas rural e urbana. Foi muito interessante preparar as oficinas que levei ao município, pois tive a oportunidade de conviver na prática com os conhecimentos teóricos que a faculdade me proporciona em minhas aulas.
LN: E em que região você/seu grupo atuou?
Alessandra: Realizamos as atividades de extensão no Município de Buritinópolis, a 460km de Goiânia, com população estimada de aproximadamente 4.000 habitantes.
LN: O que foi o projeto Rondon para você?
Alessandra: Uma experiência única e inesquecível. É difícil descrever em palavras a experiência de ser rondonista e impossível descrever todos os sentimentos vividos em um período tão curto de tempo. Um jovem ao ingressar na Universidade entende a importância daquela graduação para a sua vida, mas é só pisando nos cantos mais distantes de casa que ele descobre sua missão em nosso país. E eu tive a sorte de viver essas emoções ao lado de pessoas fantásticas que me permitiram expressar minhas qualidades e reconhecer meus erros para que juntos pudéssemos aprender e alcançar o mesmo objetivo: impactar vidas.
LN: Você gostaria de deixar um comentário para quem pensa em participar do projeto?
Alessandra: Se você leu ou viu algum material sobre o Projeto Rondon e achou incrível, devo confessar que os sentimentos e aprendizados que terá participando do projeto são muito maiores. Não passe pela sua graduação sem viver essa experiência, tenho certeza de que nunca mais será o mesmo!
Como participar?
Para fazer parte das próximas edições do Projeto Rondon, o principal requisito é ser estudante de Ensino Superior de uma das Instituições participantes da ação. Você pode ficar por dentro do período de inscrições e acessar os editais por meio do site e das redes sociais oficiais do Projeto:
Projeto Rondon – MD (@projetorondonmd) – perfil nacional do projeto.
Projeto Rondon na UFG (@rondon_ufg) – perfil específico sobre a partição da Universidade Federal de Goiás.
Foto em destaque: Divulgação Projeto Rondon
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