Desemprego cresce após mínima de 7,9%, taxa sobe para 8,8% no primeiro trimestre de 2023

Pesquisa realizada pelo IBGE revela os níveis de crescimento no desemprego em todo o país e as comunidades mais afetadas.
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Em pesquisa recente, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou aumento exponencial no desemprego do país em 8,8%. Deixando para trás o menor nível alcançado desde 2015 de 7,9%, registrado no quarto trimestre de 2022. O aumento já era esperado por parte dos especialistas, que previram a queda – que era quase mensal – perder o fôlego nos primeiros meses de 2023. Todavia, o índice ainda é menor do que o registrado no mesmo período de 2022, quando o desemprego alcançou 11,1%. A pesquisa apontou maior crescimento na região Nordeste do país. Junto a isso, os mais prejudicados são negros, mulheres e jovens.

Fonte: site oficial IBGE

De acordo com os dados divulgados, o número total de pessoas ocupadas voltou para casa dos 97,8 milhões, após o país ultrapassar mais de 100 milhões de brasileiros empregados em 2022. A desocupação subiu em 22 estados incluindo o Distrito Federal. Entre os estados mais afetados estão Bahia com 14,4%, Pernambuco com 14,1% e Amapá com 12,2%. Contudo, no centro comercial do país, São Paulo, o crescimento do desemprego foi um dos menores, alcançando a taxa de 8,5%. Além disso, as regiões Norte e Nordeste estão entre as de maior taxa neste período, Nordeste no topo do ranking com 12,2%.

OS MAIS AFETADOS

O nível de desemprego no primeiro trimestre de 2023 é mais elevado para as mulheres, pretos e pardos segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgada pelo IBGE. Enquanto os homens tiveram média de 7,2%, as mulheres ficaram com 10,8% em desvantagem no mercado empregatício. Apesar do aumento expressivo para as mulheres, ambos os lados saíram-se prejudicados.

No que diz respeito a disparidades entre raças, o IBGE obteve que a desocupação nos primeiros meses de 2023 é de 11,3% para os autodeclarados pretos, 10,1% entre os pardos e 6,8% entre os brancos. O padrão igualmente se repete para os com baixa escolaridade, 15,2% para os com ensino médio incompleto. Já o menor índice entre os demais níveis de conhecimento, está para os com ensino superior completo, em 4,5%.

A população jovem igualmente não ficou de fora, o balanço das faixas etárias mostra que o desemprego é superior para os mais jovens. Falta de oportunidades, ausência de experiência e alta concorrência estão entre as possíveis causas. Assim, para a faixa dos 18 a 24 anos o aumento é de 18%, já para os de 25 a 39 o aumento é menor, 8,2%. Dos 40 a 59 (5,6%), entre os com mais de 60 anos o aumento chega a 3,9%.

O Ministro da Economia Fernando Haddad, após encontro com líderes da economia na cidade de São Paulo, durante coletiva com a imprensa, relativizou o crescimento no número de desempregados. “Quase todo o mercado reavaliou um crescimento econômico próximo a 2% para 2023″ afirmou o Ministro. Nesse sentido, justifica o aumento como uma consequência da elevação dos juros e que uma política voltada para esse diminuição pode surgir efeitos. O Ministro ainda compara a pesquisa do primeiro trimestre deste ano com a do mesmo período de 2022, quando o país passava por recuperação econômica pós pandemia.

Foto: google imagens (creative commons).

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