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De acordo com a Polícia Militar do Estado de Goiás (PMGO), o índice de denúncias por violência domésticas registrados no país tem um percentual mais alto relacionado ao ano anterior que foi 28,9% ao longo do ano. Embora os dados demorem a surgir, a pandemia aumentou sua vulnerabilidade com as mulheres deslocadas, frequentemente com medo ou incapazes de procurar ajuda.
Em entrevista com a psicóloga Rayane Freitas, especialista em violência e relacionamento abusivo, a mesma explica que, a procura por tratamentos psicológicos tiveram um aumento muito grande após a pandemia, pois as pessoas não estavam acostumadas a ter uma convivência constante com familiares e cônjuges.
“A faixa etária que mais procura ajuda psicológica por ter vivido em um relacionamento abusivo e violência doméstica são entre 20 e 32 anos, são mulheres que tem maior facilidade e acesso à internet onde conseguem visualizar informações e relatos de outras vítimas que já passaram pelo mesmo”, diz a psicóloga .
No mês de agosto, o Brasil realiza uma campanha que tem como objetivo principal, o enfretamento da violência contra mulheres, a qual é chamada de agosto lilás. A campanha, que teve início no mesmo ano em que a Lei Maria da Penha foi sancionada, tem como proposta, intensificar a divulgação da norma e disseminar informações de interesse público relativos à realidade de enfrentamento à violência contra a mulher.
Os sinais da violência
Rayane explica como identificar primeiros sinais de um relacionamento abusivo: “controle excessivo, monitoramento constante, explosões de raiva, sempre culpar as vítimas, manipulação emocional, ameaças de términos, chantagem e isolamento social”, explica ela.
“Para sair desse relacionamento a vítima precisa de uma boa rede de apoio e da psicoterapia”, diz a psicóloga sobre como a vítima consegue se livrar desse tipo de relacionamento, pois ás vezes se torna uma relação incontrolável.
As ajudas que importam
“A família sendo uma boa rede de apoio nesse momento e crucial, onde exerce um papel importante para o desenvolvimento na recuperação da vítima. Em casos em que a paciente apresenta TAG (transtorno de ansiedade generalizada) a profissional encaminha para avaliação psiquiátrica e possível início de medicação”, ressalta a profissional, sobre a importância da ajuda familiar e sobre o uso de medicamentos em alguns casos mais severos.
Ressalta também que o uso de medicamentos só e sugerido após uma avaliação médica psiquiátrica.
A ANVISA alerta sobre AUTOMEDICAÇÃO: “é preciso que as pessoas se conscientizem dos riscos reais dessa prática, que pode causar reações graves, inclusive óbitos”
Para registrar denúncias contra violências domésticas, procure ajuda nos canais:
190 – Telefone de urgência que aciona Polícia Militar.
153 – Telefone de urgência que aciona a Guarda Civil Metropolitana (GCM) .
(062) 9 9930-9778 Batalhão Maria da Penha para situações de descumprimento de medida protetiva.
(62) 3201-2801/2802/2807 – 1 ª Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam), que fica no centro de Goiânia.