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Conforme o Ministério da Saúde, o número de ataques de cães a pessoas cresceu de forma abrangente no Brasil, com 51 mortes registradas em 2023.
Segundo informações do Ministério da Saúde, a quantidade de ataques de cães a pessoas no Brasil tem aumentado de forma significante. De acordo com o Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), em 2023 foram registradas 51 mortes, um acréscimo de 27% em comparação com 2022, que teve um total de 40 óbitos.
De acordo com especialistas, diversos elementos são responsáveis por esse crescimento. O doutor em veterinária André Hafemann afirma que a maioria dos ataques ocorre devido a negligência e falta de cuidados apropriados. “Cães que não recebem os cuidados necessários, atenção suficiente ou que não se exercitam de forma apropriada, acabam apresentando problemas de comportamento. E a reação agressiva é uma forma de responder ao abuso”.
Além disso, vários proprietários não estão familiarizados com as condições particulares de cada tipo de raça. Pâmella Martins, educadora canina, destaca que muitos cuidadores não conseguem identificar os indícios de ansiedade e estresse em seus pets, o que pode resultar em atitudes agressivas. “Os cães costumam apresentar indicativos antes de atacar, como lamber os beiços ou se afastar, porém esses sinais costumam passam despercebidos pelos cuidadores.”
José Vitor, cuidador de um pitbull, ressalta a importância de pesquisar antes de ter seu animal de estimação. “Observo diversas pessoas que escolhem a raça do seu cão sem entender a importância do treinamento e da socialização. Isso acaba gerando comportamentos problemáticos nos animais, que poderiam ser evitados.”
Carlos Peixoto, que foi vítima de um ataque de cães enquanto passeava no parque, mostra o perigo desses incidentes. “O cachorro estava solto e veio diretamente na minha direção, eu não consegui reagir a tempo. Mas depois que o susto passou eu estou melhor, somente me recuperando das mordidas.”
Especialistas recomendam a criação de normas mais rigorosas para a criação e comercialização de cães, juntamente com a realização de campanhas de conscientização para instruir os proprietários sobre os cuidados essenciais. Valentina Carneiro, uma veterinária, diz que “é importante estabelecer regras e garantir que os donos estejam aptos para cuidar das raças de animais específicas, em vez de proibir a sua criação”.
Não é o abuso contra cães que aumenta o ataque…
É sim a humanização… O impedimento de utilização de técnicas e equipamentos por uma onda positivista…
Leis que praticamente impossibilitam adestramento e equipamentos.