
Fonte: rede social da entrevistada
Linda Almeida, formada em Comunicação e Jornalismo pelo Centro Universitário Fametro, é repórter da TV A Crítica, emissora de televisão brasileira com sede em Manaus, Amazonas. Em entrevista ao Lab Notícias, a jornalista fala sobre a profissão, sua jornada e aconselha quem quer seguir essa carreira.
O que te motivou a cursar Jornalismo? Teve alguma área que você se interessou logo de cara?
Inicialmente, o amor pela leitura e pela escrita desde a infância me motivaram a cursar Jornalismo. Além disso, sempre tive a vontade de ajudar pessoas e vi no jornalismo a oportunidade de fazer isso e ainda fazer o que gosto. Logo de cara, as áreas de jornalismo digital e impresso eram meu maior encanto, pois sou uma pessoa tímida. Mas meu primeiro estágio foi em uma emissora de televisão e acabei me apaixonando totalmente pela área, foi uma surpresa até para mim.
É de conhecimento que você trabalha como repórter. Isso sempre foi algo que teve em mente ou foi uma vontade que surgiu com o tempo?
Jamais pensei em ser repórter, ainda mais de TV. Como disse, a timidez era um empecilho, mas, no estágio, sempre me incentivaram a aparecer em vídeo, e sou muito grata por isso, pois tive uma inserção gradual na área. Acabei pegando gosto e adorando as pautas externas de TV! Apesar da timidez, amo falar com pessoas e conhecer suas histórias, isso me motiva.
Qual foi a sensação que teve quando fez seu primeiro ao vivo?
Extremamente nervosa, fiz um caso policial de homicídio na TV Record de Manaus. Foi meu primeiro caso policial, pois meu primeiro estágio foi na TV Cultura do Amazonas, que não faz esse tipo de pauta. Então, o nervosismo de estar ao vivo e a responsabilidade de fazer um caso policial de uniram. Lembro que minhas mãos tremiam ao segurar o microfone, e eu tentava disfarçar para não transparecer. Ainda assim, fiquei satisfeita com o resultado, pois não dei informações erradas, não gaguejei ou algo semelhante. Gostei da adrenalina.
Qual foi a melhor coisa que a sua profissão como jornalista te proporcionou?
Experiências única que a “sociedade comum” não consegue ter acesso e poder contar a ela através das reportagens. Tenho a oportunidade de visitar fábricas, comunidades distantes, abrigos e conhecer figuras culturais/políticas importantes. Já pude entrevistar presidentes, atrizes, governadores e outros políticos. Mas, acima de tudo, conversar com “gente como a gente”, pessoas reais que têm histórias de superação, de alegria e conquistas, que confiam em nós como repórteres para passar essas histórias para o mundo. Para mim, essas são as mais valiosas.
Quais são suas expectativas para sua carreira profissional?
Continuar contando histórias. Pode parecer simples e clichê, mas atuo na área há quase sete anos e não deixo de me encantar com isso. Não tenho perspectivas ou vontades de ser apresentadora, diretora ou algo do gênero. Quero permanecer nas ruas fazendo grandes reportagens que, por mim, será uma enorme realização. Porém, se formos falar de um objetivo atual, quero muito ter a oportunidade de cobrir o Festival Folclórico de Parintins.

Fonte: rede social da entrevistada
Além de mostrar nas redes sociais a vida de jornalista, Linda também compartilha outra paixão: o gosto pela música sul-coreana, o K-pop. Acerca desse tema, o Lab Notícias realizou algumas perguntas.
Em um de seus ao vivos, você citou o grupo masculino sul-coreano TXT, e o trecho tornou-se viral nas redes sociais. Qual foi sua reação com isso?
Muita surpresa! Ao vivo, a pergunta me foi feita de surpresa, não a esperava e fui honesta. Lembro que compartilhei o corte com algumas amigas MOAs [nome para os fãs do grupo] que adoraram, então decidi postar nas minhas redes mais para guardar como registro e fui dormir (trabalho de madrugada e saio à tarde). Acordei com o vídeo viralizando e muitos elogios. Adorei! Me motivou a falar muito mais sobre meus gostos tanto no dia a dia quanto nas redes sociais. É ótimo! Sinto que virei referência sobre cultura coreana para meus colegas e perdi a timidez para fazer conteúdo sobre isso nas redes.
Ainda sobre K-pop, qual grupo você gostaria de entrevistar e por qual motivo?
É impossível não citar meus favoritos: EXO e TXT. Ambos foram muito importantes na minha adolescência e agora na vida adulta, então gostaria de mostra-los de perto o impacto que eles têm no crescimento pessoal de seus fãs, apoio emocional e apresentar a cultura brasileira para eles. Especialmente a amazônica.
Por fim, quando perguntada sobre um conselho para dar a quem está cursando
Jornalismo, Linda disse:
“Saiba da responsabilidade que você tem nas mãos e seja humilde sempre. Jornalismo é sobre verdade e dar a notícia certa acima de tudo, mas também dar a notícia certa da forma certa. Saiba que até a escolha das suas palavras e tom que você usa podem impactar na forma com que o público vai compreender sua notícia. No cotidiano, lembre-se que é uma profissão em que tudo é coletivo e você precisa da ajuda de seus entrevistados e de colegas. É aí que entra a humildade. A notícia é o destaque e está acima de você, então jamais tente aparecer mais que ela. Acho que, seguindo esses preceitos, você vai longe”.