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Álvaro Luiz, é um dos novos nomes a surgir no meio político brasilense, suas diversas matérias e reportagens no meio politico e policial veem ganhando destaque e consolidando-o no jornal metrópoles


Nicole: O que te levou a seguir a carreira de jornalista?

Álvaro: Desde de minha infância sempre fui apaixonado por esportes, sabe? E tentei me aproximar mais da área através do jornalismo. Quando eu era moleque, eu tentei me tornar jogador de futebol, porem sem sucesso e eu queria de alguma forma estar próximo ao campo, sabe? O esporte me levou a escolher o jornalismo. Mas o jornalismo te proporciona um grande diversidade de áreas e cada uma delas tem suas singularidades. Então atualmente, em vez de esportes, eu prefiro e produzo matérias policiais e políticas.

Nicole: Quais os maiores desafios que você enfrenta no contexto politico de Brasília?

Álvaro: Sobre os maiores desafios, uma das barreiras existentes é o fanatismo politico implantado nos brasileiros, os brasileiros que consequentemente, são leitores ou telespectadores do nosso trabalho. E além deles, também existe a falta de veracidade ou coerência em notas ou entrevistas fornecidas por políticos, Trabalhar com um politico que mostra a veracidade se tornou difícil hoje em dia. Ás vezes o assessor vai tentar encobrir algo que ele fez e isso caba dificultando a apuração correta da pauta. Sobre o fanatismo, a ideia é que diversos leitores não ligam para o teor da matéria. E já incrementam os dois polos presentes na politica brasileira. Que é a esquerda e a direita. E em diversas matérias minhas, que em sua maioria são policiais. Centenas de comentários esquecem as atitudes dos criminosos. Porque preferem apostar em quem ele votou. Ou ás vezes nós escrevemos a verdade e os fanáticos se recusam a acreditar.

Nicole: Alguma reportagem que tenha te marcado de alguma maneira?

Álvaro: Muitas reportagens realmente mexem com nosso emocional, sabe? Porque também somos humanos e sentimos muito quando alguma reportagem toca nosso coração. Eu cubro diversos casos e todos eles contam uma história antes das tragédia. Uma das reportagens que mais me marcou foi o enterro de um brigadista que morreu em combate ás chamas nas queimadas de 2024. Eu me lembro que tive que ir ao cemitério acompanhar o velório. E logo em seguida aconteceu uma das coisas mais bonitas que eu vi, assim, sabe? O corpo estava em cima de uma viatura dos bombeiros, acompanhado com veículos do Ibama e viaturas do Brasília Ambiental. E foram feitas várias homenagens e eu consegui uma entrevista com o pai da vítima, que estava feliz pois o filho morreu como herói. Foi uma experiência muito marcante.

Nicole: Qual sua opinião sobre a ligação direta entre o jornalismo e as mídias sociais?

Álvaro: Hoje em dia o jornalismo e as redes andam lado a lado, as redes sociais ajudam a divulgar as noticias com mais rapidez e alcançar mais pessoas principalmente o publico jovem. Mas é sempre bom estar atento, nem tudo que circula nas redes é verdade, hoje informações falsas são encontradas com muita facilidade ao navegar nas redes. Por isso a checagem de fatos é tão importante no papel do jornalista. E o bom jornalista sabe usar essas ferramentas com responsabilidade. A ligação direta entres as redes e as noticias é vista no dia dia, tem matérias minhas que ganham mais visibilidade no Instagram do que no próprio site. Então saber trabalhar essas ferramentas em conjunto é de suma importância e traz resultados significativos.

Nicole: na sua visão pessoal qual a importância do jornalismo como profissão para a sociedade?

Álvaro: Acho que a importância do jornalismo se da ao trazer informações verdadeiras para as pessoas e também ajudar a combater mentiras, mostrar o que está acontecendo de fato. E dar voz aqueles que são ignorados. Em uma sociedade democrática, o jornalismo é essencial para que todos possam pensar, questionar, lutar pelos seu direitos. E eu entendo isso porque venho de um contexto humilde; nunca pensei que poderia ser visto por alguém, tendo a visibilidade que hoje eu tenho, mas hoje em dia isso se tornou possível. conheço muitas pessoas do meio hoje em dia, estou sempre criando networking porque isso é essencial. Você não começa na carreira como o melhor redator ou o melhor repórter, você não vai se tornar o melhor jornalista da noite pro dia. é um processo que, se você entender e abraçar, dará certo. Por que é uma profissão pela qual você precisa ser apaixonado. É sobre curiosidade, sobre informação, sobre verdade. Porque se não for assim não vale de nada. então eu acho que tem que ser apaixonado pela profissão por que o caminho não é fácil.

Crédito: arquivo pessoal de Álvaro

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