Tempo de leitura: 2 min
ANA JULIA CAIXETA AZEREDO COUTINHO
Últimos posts por ANA JULIA CAIXETA AZEREDO COUTINHO (exibir todos)

Os serviços de streaming, que se popularizaram a partir da década de 2010, consistem no compartilhamento de conteúdos de mídia, sejam estes filmes, séries ou músicas.  De acordo com uma pesquisa feita pela Hibou, empresa de monitoramento de mercado e consumo, 71% dos brasileiros assinam ou já assinaram alguma plataforma de entretenimento online.

A Netflix, uma das maiores empresas de streaming do mundo, movimentou as redes sociais, nesta última terça-feira (23), ao anunciar a cobrança de uma taxa adicional no valor de R$ 12,90 para cada compartilhamento de senha que for feito pelo usuário à alguém que não resida no mesmo endereço que ele. A revolta dos consumidores é compreensível, tendo em vista que a assinatura do plano da plataforma já é, hoje, a mais cara do país. Dessa forma, dividir a conta com amigos ou colegas de trabalho é uma alternativa para reduzir o custo referente ao acesso dos conteúdos.

Uma das principais vantagens advindas do surgimento do streaming, foi a facilidade oferecida aos usuários de poder assistir diversos títulos, em quantidade ilimitada, por um preço acessível. No entanto, em vista do grande mercado que se abriu em torno deste serviço e sua popularização, várias empresas lançaram suas próprias plataformas, de modo a aumentar o custo mensal para aqueles que desejam acessar filmes e séries de produtoras diferentes.

Após reclamações dos consumidores, o Procon de São Paulo notificou a Netflix pela nova política anunciada pela empresa. Em entrevista, Rodrigo Tritapepe, diretor de Atendimento e Orientação do Procon-SP, afirmou que “somente com a comprovação das mudanças e a formalização das reclamações será possível avaliar se a nova forma de cobrança pelo acesso ou a tecnologia utilizada para controle têm amparo legal no Código de Defesa do Consumidor”.

Deste modo, é viável pensar como os serviços de transmissão online têm se comportado frente às necessidades dos consumidores brasileiros e até que ponto cumprem o seu propósito original, responsável por sua massiva aceitação entre os clientes, de favorecer e difundir o acesso ao entretenimento de forma democrática.

Imagem: Getty Images

One thought on “A nova política da Netflix: o streaming veio para facilitar ou dificultar o acesso do consumidor?”

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *