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Desde 2021 precisei me transportar para os lugares de ônibus. Para ir trabalhar, para a faculdade, para consultas rotineiras em hospitais e para fazer visitas eventuais à minha avó.

Entro no ônibus 11h15 e ao longo do caminho presencio vários momentos. Cada dia é uma “aventura” diferente, do ponto de partida até o ponto de chegada. É sempre “Ah, você sabe quem se separou?”, “ Você não acredita quem está grávida agora”…desentendimentos entres as pessoas, crianças chorando, vendedores ambulantes, pessoas cantando, pessoas dormindo e por aí vai.

Só chego ao meu primeiro destino às 12h32, exatamente uma viagem, um entra e sai de pessoas, com sorte consigo ir sentada escutando música e observando a cidade entanto eu fico pensando no que eu vou fazer ao longo do meu dia. Mas, na maioria das vezes, vai todo mundo muito apertado, sem poder respirar e se mexer direito.

18h10: segundo “round”, enfrentando novamente a cara fechada das pessoas, ônibus lotado e eu só querendo um assento para poder descansar um pouquinho, mas é praticamente impossível. Então vou em pé também, escutando outras histórias, outros choros, outros desentendimentos enquanto eu penso no que vou fazer amanhã.

E com isso vou levando essa rotina caótica de locomoção e refletindo o porquê vão tantas pessoas apertadas em um transporte público, parecendo que estão em uma lata de sardinha. Quanto tempo gastamos dentro de um ônibus, sendo que poderíamos adiantar grande parte da nossa rotina, caso tivesse uma rota maior do transporte, e o que motiva a seguir todos os dias apertada é o fato de que vai compensar depois: afinal estou indo atrás dos meus objetivos. E com esse pensamento sigo desde da minha casa ao terminal, do terminal ao meu serviço e por fim do meu serviço até a minha faculdade.

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