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A Secretaria Estadual de Goiás (SES-GO) planeja mutirões para reduzir a lista de espera das cirurgias eletivas desde a retomada dos procedimentos em 18 agosto de 2021, após a interrupção causada pela pandemia de Covid-19. Atualmente, há mutirões marcados em três cidades goianas durante o mês de agosto: Jaraguá, nos dias 04 e 05; em Goiânia, no Hospital Estadual da Mulher, nos dias 09 e 10; e por fim em São Luís de Montes Belos, nos dias 18 e 19 de agosto.
Essas medidas vêm na esteira de recentes esforços da SES-GO que, buscando reduzir o impacto dessa interrupção para a população, está realizando contrapartidas financeiras para os municípios através do plano de fortalecimento, além de buscar aumentar o número mutirões de consulta e atendimento nas unidades administradas pelo Estado, em vista dos milhares de pacientes que aguardam nas listas de espera.
As longas filas de espera
As cirurgias eletivas são procedimentos para restabelecer a saúde e o bem-estar do indivíduo, mas que não se enquadram como urgência e emergência médica. Costumam ser programadas de acordo com a capacidade do serviço público e necessidade do paciente. Porém, a sobrecarga do sistema de saúde costuma causar longos períodos de espera na fila, algumas vezes se estendendo durante anos. Esse foi o caso de Iraídes Pereira da Costa, que passou seis anos na fila antes de obter a cirurgia bariátrica pelo Sistema Universal de Saúde (SUS).
Agora, Iraídes aguarda por outras cirurgias reparadoras que, devido ao caráter primariamente estético, enfrentam períodos de espera ainda mais extensos. Mas mesmo em outras situações tidas como mais urgentes, a espera pode ser substancial, como aconteceu com Zenilda Antônia de Castro Santos, submetida a uma cirurgia de remoção de pedra na vesícula em março deste ano. Até surgir a disponibilidade de vaga para realização do procedimento, Zenilda precisou ficar um mês internada. Por essa razão, apesar de classificarem a experiência de passar por uma cirurgia eletiva pelo SUS de forma positiva, tanto Zenilda como Iraídes destacam a morosidade do processo.
O impacto causado pela interrupção das cirurgias eletivas
Segundo dados fornecidos pela assessoria de Comunicação Social da SES-GO, quando houve a suspensão das cirurgias eletivas devido à pandemia, havia apenas 5 unidades hospitalares sob a responsabilidade do Complexo Regulador Estadual com uma lista de espera de 3 mil pacientes. No entanto, com a retomada em agosto de 2021, ocorreu a transferência da gestão das unidades hospitalares localizadas em Goiânia para a Regulação Estadual.
Com essa mudança de gestão, houve também a transferência da lista de espera destas unidades, que já continham aproximadamente 12 mil pacientes na fila para procedimentos eletivos, para a esfera estadual. Desde então, a quantidade de pacientes que aguardam por uma cirurgia eletiva é estimada em 17 mil pessoas. Em todo o Estado, esse número aumenta para 54 mil. Contudo, não há informações sobre aqueles que aguardam na fila de espera em hospitais administrados pelos municípios.
Tema muito importante, parabéns!