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Kanye West sempre foi uma figura controversa. Da genialidade musical à excentricidade pública, sua trajetória é marcada por altos e baixos. No entanto, nos últimos anos, o rapper parece ter cruzado uma linha perigosa, se envolvendo em discursos extremistas e comportamentos cada vez mais perturbadores. Suas recentes declarações nazistas e sua relação com Bianca Censori levantam questões fundamentais sobre os impactos da fama, a responsabilidade de figuras públicas e os limites da liberdade de expressão.
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Em fevereiro de 2025, Kanye West chocou o público ao fazer uma série de declarações nazistas e racistas na plataforma X (antigo Twitter, que agora pertence ao bilionário Elon Musk), incluindo a afirmação: “Eu sou um nazista”. Esses comentários resultaram na suspensão de sua conta na plataforma e na rescisão de contratos profissionais. Seu agente musical, Daniel McCartney, da agência 33 & West, anunciou o rompimento do contrato com o artista, citando os discursos nazistas como motivo da decisão.
Não é a primeira vez que Kanye faz declarações problemáticas, mas ao afirmar diretamente “ser nazista”, ele ultrapassa qualquer noção de liberdade de expressão e entra no território do discurso de ódio. Liberdade de expressão não significa liberdade de consequência.
O regime nazista causou a morte de cerca de 6 milhões de judeus no Holocausto, além de outras vítimas, como ciganos, prisioneiros de guerra soviéticos, homossexuais e pessoas com deficiência, totalizando aproximadamente 11 milhões de mortos. Durante a Segunda Guerra Mundial, que teve o nazismo como um dos principais responsáveis, o número total de mortes foi entre 60 milhões e 85 milhões, incluindo militares e civis.
Se uma figura pública utiliza sua influência para propagar ideologias perigosas, ela deve ser responsabilizada. A sociedade já viu os impactos devastadores do nazismo na história, e qualquer tentativa de normalizar essa ideologia deve ser combatida com veemência.
Além desse ocorrido, Kanye tentou vender camisetas com suásticas durante o Super Bowl, evento anual de Futebol Americano, o que levou ao fechamento de sua loja online pela plataforma Shopify. Essas ações intensificaram as críticas públicas e resultaram em processos judiciais, incluindo uma ação movida por uma ex-funcionária judia que alegou ambiente de trabalho hostil devido às declarações do artista.
Bianca Censori, arquiteta australiana e atual esposa de Kanye West, também tem sido foco de polêmicas. Recentemente, também em fevereiro de 2025, durante o Grammy Awards, ela apareceu no tapete vermelho vestindo um traje transparente que deixava suas partes íntimas à mostra, gerando debates sobre decoro e liberdade de expressão.
As recentes ações de Kanye West levantam questões sobre os limites da liberdade de expressão e as consequências de discursos de ódio. Enquanto figuras públicas possuem plataformas influentes, é imperativo que suas declarações não promovam intolerância ou discriminação. No entanto, a questão que fica é: por que Kanye continua a ter espaço na mídia e na indústria, mesmo depois de tantos episódios como esse? Até que ponto sua genialidade musical serve como escudo para suas atitudes?
A resposta da sociedade e das instituições às atitudes de Kanye demonstra a importância de responsabilizar indivíduos por discursos prejudiciais, reforçando que a fama não exime ninguém das repercussões de suas ações. A genialidade nunca deve ser desculpa para a irresponsabilidade, ou nesse caso, insanidade.